Média de gols sofridos aumenta, e atletas veem rivais mais fortes
Lucas e Julio Cesar dizem que as ausências de Jefferson e Dória não são a causa direta da piora dos números do sistema defensivo
Lucas diz que não há comparação de dificuldade
entre o Carioca e o Brasileiro (Foto: Fred Huber)
entre o Carioca e o Brasileiro (Foto: Fred Huber)
Na vitoriosa campanha do Botafogo no Carioca, a defesa se mostrou um
dos pilares do time. Foram apenas dez gols sofridos em 19 partidas
(média de 0,52) - nenhum nos jogos eliminatórios - com bastante destaque
para os atletas da zaga, como Bolívar, Dória e Jefferson. Nestas quatro
primeiras rodadas do Brasileiro, o Alvinegro foi vazado cinco vezes
(média de 1,25). Para os jogadores a explicação é o aumento da qualidade
dos adversários.
O lateral-direito Lucas não acredita que as ausências de Jefferson e
Dória, que estão com a seleção brasileira e com a sub-20,
respectivamente, sejam as responsáveis pelo aumento no número de gols
sofridos.
- Todos que entram no time têm condição de suprir as ausências. Mas
agora estamos enfrentando equipes mais qualificadas. É difícil.
Encaramos Corinthians, Santos, Cruzeiro... jogadores como Pato,
Romarinho, Diego Souza, Montillo... é complicado. O Brasileiro é mais
difícil, não tem comparação com Carioca - disse.
O lateral-esquerdo Julio Cesar
disse que o principal vilão dos gols levados na derrota por 2 a 1
contra o Bahia, na quarta-feira, foi o campo do estádio em Aracaju.
- Os adversários são mais qualificados. O ruim é que também não temos
tido tempo para treinar e acertar. Acho que o campo atrapalhou nos dois
gols que levamos. Só quem está lá dentro que sabe a dificuldade que foi.
Neste sábado, às 21h (de Brasília), o Bota enfrenta a Ponte Preta em
Campinas e tenta não levar gol para facilitar a missão de sair de campo
vitorioso. Lucas acredita que por causa do título carioca e do bom
desempenho, o Glorioso passou a ser visto como uma equipe a ser batida
pelos adversários.
- Todos que jogam contra nós já nos veem de forma diferente, pois
mostramos que somos fortes e vamos brigar em cima. Sempre tentam se
reabilitar em cima. Acho que vai ser um jogo complicado, lá é sempre
difícil. Eles perderam o último jogo. Nós temos que repetir a postura
das partidas em que estávamos invictos.