Identificado com o Bota e o Rio, Loco comemora: ‘Fiz a escolha certa’
Atacante abre a casa, conta histórias da carreira e revela momento decisivo na Copa: ‘Fucile disse para eu fazer a cavadinha e parar de encher’
A identificação de Loco Abreu com a torcida do Botafogo é enorme. Nos jogos da equipe no Engenhão, o atacante é sempre um dos mais aplaudidos. Mas a certeza de que o laço é mesmo muito forte foi dada na Copa do Mundo, quando os alvinegros se vestiram de azul para torcer pelo Uruguai. Na África, as imagens chegaram ao atacante pela internet. E o sensibilizaram. Em seu retorno ao Brasil, renovou o contrato com o clube e acertou a criação das camisas celestes alvinegras, que se tornaram um sucesso de vendas.
Loco Abreu abriu sua casa no Rio de Janeiro (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
O carinho da torcida é retribuído por Loco. Sincero, o atacante não diz ter esquecido seu passado e revela ainda torcer pelo Nacional-URU. Mas o Botafogo tem um espaço no coração do atacante. Tanto, que vários objetos que decoram sua casa têm o escudo do clube.
- Depois do Nacional-URU, que é o time do meu coração e que tem uma torcida maravilhosa, o outro time que senti alguma coisa parecida, mas com a diferença de que aqui sou estrangeiro, foi o Botafogo. Sentir isso fora de seu país e em um lugar como o Brasil onde o futebol é impressionante é muito bom. Não quero ser injusto, porque sei que torcedores de outros times também torceram pela gente no Mundial. Mas a força que senti aqui do Botafogo foi impressionante. Só tenho palavras de agradecimento.
- Depois do Nacional-URU, que é o time do meu coração e que tem uma torcida maravilhosa, o outro time que senti alguma coisa parecida, mas com a diferença de que aqui sou estrangeiro, foi o Botafogo. Sentir isso fora de seu país e em um lugar como o Brasil onde o futebol é impressionante é muito bom. Não quero ser injusto, porque sei que torcedores de outros times também torceram pela gente no Mundial. Mas a força que senti aqui do Botafogo foi impressionante. Só tenho palavras de agradecimento.
O atacante diz que estudou bastante a história do clube antes de acertar sua transferência para General Severiano.
Chimarrão e garrafa términa personalizada
(Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
(Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
- Saí da Grécia e fiquei esperando antes de acertar até sentir que era o time certo. Começaram a surgir propostas da Europa e da Argentina, até que chegou a do Botafogo. Quando é um clube que eu não conheço muito, eu gosto de fazer pesquisa na internet e falar com alguém por telefone para ter mais tranquilidade ao tomar a última decisão. Na internet, vi que tinha entrado uma diretoria nova que estava querendo mudar as coisas e levar o time de volta ao patamar internacional, para ser novamente reconhecido como na época de Garrincha.. E falei com o Castillo, que jogava aqui, que me aconselhou a vir. Ele me disse que estava chateado porque o time perdeu três finais seguidas para o Flamengo. No momento em que ele falou isso, achei que era a hora certa de voltar ao Brasil. A necessidade de voltar a ser um time ganhador me fez escolher o Botafogo. O desafio era diferente. Todo time quer ganhar títulos. Pensei que seria mais um que chegaria para ajudar nesse desafio. Fiz a escolha certa. A conquista do estadual de 2010 foi muito emocionante.
Histórias de um Loco
Loco guarda em casa foto com o amigo Ronaldinho
(Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
(Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
Loco Abreu abriu as portas de sua casa para uma entrevista sobre o Campeonato Brasileiro e sobre sua história no futebol. O bate-papo geral será transmitido para vários países através da Globo Internacional. Entre as histórias mais curiosas está a maneira como decidiu dar a “cavadinha” no pênalti contra Gana, que colocou o Uruguai nas semifinais da Copa do Mundo.
- O que foi mais engraçado é que a gente estava na fila, todo mundo junto e eu precisava de um parceiro que falasse para mim o que eu queria escutar: que o goleiro estava pulando antes do chute. O Fucile é que ficou do meu lado. Na primeira cobrança, eu perguntei: “Fuci, o cara está saindo antes, não é?” Aí ele respondeu: “Sim, Loco, está saindo antes”. No segundo, perguntei de novo. E ele respondeu de novo a mesma coisa. No terceiro, perguntei de novo. Aí ele não aguentou e respondeu: “Vai lá, faz a cavadinha e para de encher”. Não falei mais nada. Tinha certeza que a cavadinha ia dar certo.
Estas e outras histórias estarão presentes no livro que Loco Abreu pretende lançar. A data para isso acontecer ainda está longe.
Loco Abreu promete lançar um livro, mas não sabe quando (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)