Jóbson é julgado na Suíça e advogado descarta risco de banimento do futebol
Plantão | Publicada em 21/06/2011 às 12h33m
O GloboRIO - O atacante Jóbson, do Bahia, foi julgado na madrugada desta terça-feira (horário de Brasília) no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), em Lausanne, na Suíça. Ele estava acompanhado de cinco advogados. O tribunal tem até 60 dias para chegar a um veredito sobre o jogador, reincidente em uso de doping quando ainda atuava pelo Botafogo, há dois anos.
O advogado Bichara Neto, um dos que cuidam do caso, afirmou não haver risco de banimento do esporte.
- Essa possibilidade está afastada. O máximo que se admitiria seria aumentar a suspensão para dois anos de pena. Tecnicamente, a Agência Mundial Antidoping não pediu o banimento - declarou, segundo o site Globoesporte.com .
Também de acordo com o site, Jóbson saiu do depoimento satisfeito. Ele comemorava em particular a reação de um dos três juízes que analisam o caso.
- Eu não falei nada demais. Contei a minha história. Ele gostou da minha sinceridade e disse que esperava me ver sorrir novamente. Espero que eu volte mesmo sorrindo e fazendo muitos gols. Este ano eu quero ser o artilheiro do Brasileirão - disse o jogador.
Se não for banido e pegar suspensão, que teria no mínimo seis meses e no máximo de dois anos, Jóbson será devolvido pelo Bahia ao Botafogo. Os dois casos de doping ocorreram quando jogava pelo alvinegro carioca, no Campeonato Brasileiro de 2009. Primeiro foi no jogo entre Botafogo e Coritiba, em novembro, e depois em dezembro, contra o Palmeiras. Jóbson admitiu ter usado crack e foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Brasil (STJD) no início de 2010. Pegou dois anos de gancho, mas a pena foi reduzida para seis meses. A Agência Mundial Antidoping (Wada, sigla em inglês), recorreu ao TAS contra a sentença.
A defesa de Jóbson alega que se o jogador for afastado do futebol sua situação pode se agravar, pois ele perderá a motivação de se manter longe das drogas. A boa fase no Bahia, onde é artilheiro do time, também é argumento, junto à apresentação de exames de sangue semanais do jogador, para provar que está longe das drogas. Outro ponto da defesa é de que o crack é droga social, e não do esporte, para obter desempenho.