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A marca das Olimpíadas 2016 - Rio de Janeiro


Lançamento da marca dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Jacques Rogge (COI), Carlos Nuzman (COB), Gilbert Felli (diretor do COI), Nawal El Moutawakel (diretora do COI) e o prefeito Eduardo Paes em Copacana. Foto de Fábio Rossi (O GLOBO)...

Criador do logo da Olimpíada 2016 queria  uma “marca-escultura” para uma “cidade escultura”

Para criar a marca que será amplamente utilizada no Brasil e no exterior para fazer referência aos Jogos Olímpicos de 2016 o designer Fred Gelli afirmou que queria criar uma “marca-escultura” para uma “cidade-escultura”. Para isso, ele fez questão de criar um logo que representasse de forma harmônica as principais menções ao universo carioca: a natureza, o sol, o mar e o calor do povo.

- A gente vive dentro de uma cidade-escultura, nada mais lógico que uma marca-escultura para uma cidade-escultura.

Uma das formas de fazer essa conexão foi criar uma estrutura literalmente tridimensional, o que dá uma gama de possibilidades para se trabalhar o símbolo das maneiras mais diversas.

Segundo Fred, dessa forma, foi possível criar uma marca essencialmente humana, por que mostra a emoção e o acolhimento do Rio de Janeiro.

- O logotipo tem um pouco da nossa informalidade. Por ser tridimensional, as pessoas poderão entrar na marca, viver uma experiência única, como nunca se fez antes.

Entre todas as leituras que podem ser realizadas, há a leitura da palavra Rio, o verde da mata, o amarelo do sol, o azul do mar, a harmonia entre as pessoas (representando a receptividade do carioca), e de maneira mais sutil, a expressão do Pão de Açúcar.

- Essa marca fala de encontros. As cores falam do verde da floresta com o azul do mar. O amarelo, além do sol, tem uma segunda leitura, o calor humano, assim como o azul também pode ser leveza e o verde a nossa confiança no futuro.

Fred Gelli, sócio e diretor da agência Tátil, que ganhou a concorrência entre 139 no concurso que teve oito finalistas, falou que o resultado foi conhecido em 1º de setembro, mas ele não poderia comentar com ninguém. ”A nossa marca foi escolhida nesta data e enviada ao COI (Comitê Olímpico Internacional) em 8 de outubro. A aprovação formal foi no dia 17 de novembro. Era preciso fazer ajustes. Só contei para a minha avó. É sonho de qualquer agência e designer. Marca vista por todo o planeta. É o maior desafio de um profissional”.

Vinte anos de experiência na área e mais de 100 profissionais e dona da marca do TIM Festival, a Tátil é carioca, com escritório também em São Paulo. Segundo Fred, toda a agência estava envolvida. “Sem competição interna, unida no objetivo comum. Foram 50 logos. Desses 50, tiramos um e chegamos a um. A marca tem que conseguir conquistar o coração das pessoas. 

Queriamos um processo humano, tridimensional. A marca é toda tridimensional para envolver as pessoas. As cores: verde da natureza, o amarelo do sol e o azul do mar do Rio. Tem as cores dos aros olímpicos”, explica o diretor da agência. Ele define a escolha como a mais importante para um designer, porque a a marca será conhecida desde computadores da Quinta Avenida aos de uma cidadezinha do Himalaia. “A gente vive em uma cidade escultura. Nada melhor que um logo escultura para representar esses jogos”, disse.

Nota do Guia: Fica aqui os parabéns a Fred Gelli e toda a equipe da Tátil Design. É uma marca inovadora, bem desenhada, e que explora conceitos e as possibilidades das mídias que irão impactá-la em todo o mundo. Que a marca sirva de inspiração para jogos inesquecíveis e uma transformação plena, em todos os sentidos, para esta cidade maravilhosa!

UPDATE (01.01.2011):

Para aqueles que tem debatido, nos mais diferentes meios de comunicação, a respeito das fontes de  ’inspiração’ da marca, acusando-a de plágio, peço a licença para publicar uma opinião de respeito sobre o assunto, de um profissional, pesquisador,  professor  e ex-diretor da ESDI (Escola Superior de Desenho Industrial) a quem muito admiro e respeito: Gabriel do Patrocínio (ver: http://www.politicasdedesign.com e http://www.designpolicies.com).

Diz Gabriel:

“Resolvi transcrever aqui algumas observações rápidas sobre plágio, a propósito das acusações surgidas hoje (1.1.11) na internet sobre o logo desenvolvido pela tátil para as olimpíadas do rio de janeiro em 29016:
Aqui uma das “pérolas” da internet: http://twitpic.com/3ltxbh

Acho que alguém precisa ser bastante didático e explicar o que é “plágio”, porque parece que essas pessoas não tem a menor idéia do significado dessa palavra, e acham que descobriram a roda por terem localizado outra marca que usa como referência os “dancers” de matisse, e outras tantas imagens com pessoas de mãos dadas…

Definindo (wikipedia): “o plágio é o ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc) contendo partes de uma obra que pertença a outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original. no acto de plágio, o plagiador apropria-se indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma.”
usar referências semelhantes para chegar a resultados diferentes não é, nem nunca foi plágio.
isso aqui sim é plágio:

fonte:

e não se pode alegar, nesse caso, que houve inspiração ou uso da mesma referência… foi crime intelectual mesmo!”

Concordo com Gabriel:  a marca desenvolvida pela Tátil  deve encher de orgulho os brasileiros, e especialmente os cariocas!  Uma marca que transpira esporte e brasilidade, é orgânica e  realmente, humana. E que representa com propriedade o desafio inicial: paixão e transformação. Carregada de significados e leituras diversas, semióticamente falando é de uma riqueza que dá alegria ver que temos profissionais deste calibre.

Veja o vídeo de lançamento aqui:





















ou aqui: http://www.youtube.com/user/rio2016video