Lateral não acredita que postura crítica da torcida tenha contado para decisão de Joel Santana: 'Nem Jesus Cristo agradou, não sou eu que vou agradar'
A opção de Joel Santana de deixar Alessandro no banco de reservas no início do amistoso contra o Democrata surpreendeu o lateral. Segundo o jogador, a campanha realizada no último Brasileiro o credenciava para entrar como titular na partida deste domingo, vencida por 5 a 1, mas ele respeita a decisão do técnico.
- Temos que estar preparados para tudo. Não esperava, logo no início de temporada, começar o ano nessa situação. Até pelo ano que fiz ano passado, acho que fiz um campeonato brasileiro muito bom. Me pegou de surpresa, mas temos que acatar a decisão do treinador, ele quem decide. Ele está procurando dar oportunidades a todos, inclusive para os novos. Temos que estar preparados para, quando houver uma nova oportunidade de atuar como titular, fazer o melhor. Sou um dos mais experientes do grupo e consigo absorver essa situação – disse em entrevista à Rádio Brasil.
Apesar de insatisfeito por ter sido reserva, Alessandro acredita que a postura crítica de alguns torcedores não foi fator determinante para a opção de Joel.
- Se fosse na onda do torcedor, me tirava em outras vezes. Estou vacinado contra isso. Estou há quatro anos no Botafogo, mesmo com uns querendo ou não. Se estou aqui nesse tempo todo, é porque alguma coisa eu faço de bom. Nem Jesus Cristo agradou, não sou eu que vou agradar. Sou um jogador que me comprometo com o clube, já demonstrei isso em várias situações. Já passei por coisas piores e não será isso que vai me desmotivar. Tenho uma família maravilhosa e o que vier é café pequeno. Vou continuar batalhando para voltar a jogar novamente – garantiu.
Alessandro lembrou ainda que não pensou em deixar o Botafogo no fim da temporada 2010.
- Nem passou pela minha cabeça, nem foi cogitado, até porque quando houve o interesse na minha renovação, não pensei duas vezes. Gosto daqui, as pessoas me receberam muito bem, tenho grande amizade aqui, desde o faxineiro até o presidente. Não estou desmotivado por ficar no banco. Vou continuar trabalhando. Estou bastante feliz e não me arrependo de ter renovado.