Maurício Assumpção afirma que indisciplina do atacante vai além do decepção pessoal com aposta
Assumpção (esq.) na apresentação de Jobson, em
junho (Thiago Fernandes / GLOBOESPORTE.COM)
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Jobson foi uma aposta do Botafogo, mas principalmente de Maurício Assumpção. O presidente nunca escondeu que trazer de volta o atacante flagrado no exame antidoping por uso de cocaína, no fim do ano passado, era quase um dever. Contar com um jogador talentoso estaria aliado à sua recuperação como homem. Mas os seguidos episódios de indisciplina fizeram o clube praticamente entregar os pontos e admitir que o melhor é negociá-lo.
Maurício Assumpção afirma que o futuro de Jobson está nas mãos do departamento de futebol do Botafogo. Mas quando perguntado se o clube desistiu do atacante, o presidente responde com uma indagação:
- O Jobson já desistiu do Jobson? Isso é o principal. Não cabe a mim ou ao Botafogo decidir isso, mas ao jogador. Quanto a negociá-lo ou não, o mais importante para mim neste momento é conseguir uma vaga na Libertadores. Precisamos ter uma semana tranquila, pois o jogo de domingo, contra o Grêmio, será uma pedreira.
Depois do segundo atraso em menos de um mês, diretoria e comissão técnica decidiram não utilizar o jogador contra o Grêmio. No entanto, a situação será avaliada diariamente, e se a comissão técnica entender que é interessante ter o atacante como opção no banco, o fará. Jobson pode ser negociado com o Panathinaikos, da Grécia, numa transação que envolveria a aquisição do volante Marcelo Mattos em definitivo. O Palmeiras também se mostra interessado, mas a preferência do Alvinegro é por uma venda para o exterior.
Maurício Assumpção garante não ver os deslizes de Jobson como uma traição de alguém no qual foi depositada uma grande confiança. Ou até mesmo uma decepção pessoal.
- Essa é uma questão que vai além. Não cabe e eu não me permito ter qualquer tipo de sentimento - disse.