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Botafogo é a equipe das metamorfoses neste Brasileirão

Insatisfeito, Ney é quem mais promove mudanças táticas na competição. Time segue bem longe do ideal

André Casado RIO DE JANEIRO Entre em contato

Carlos Monteiro RIO DE JANEIRO Entre em contato

Leandro Guerreiro é um dos seis jogadores do elenco que esteve presente em todos os jogos no Brasileiro (Crédito: Ricardo Cassiano)

À exceção dos clubes que estão envolvidos em duas competições simultaneamente, o Botafogo é o que mais utilizou jogadores e o que mais mexeu no time de uma partida para outra no Brasileiro. Insatisfeito, Ney Franco parece longe da formação ideal, até porque, em quatro jogos, segue sem vitórias e amarga a zona de rebaixamento.

A posição na tabela não é comum na carreira do treinador, que alçou o Ipatinga à condição de brigar com os grandes de Minas Gerais e, somente com o Flamengo, em 2007, chegou a frequentar a zona. Quando assumiu o Alvinegro, em julho de 2008, levou o clube da 16º colocação para as cabeças.
Sem conjunto, até agora 22 jogadores já foram a campo. Dois deles, inclusive, já estão fora dos planos

– Lucas Silva e Diego. E a tendência é a de que as alterações sigam, já que Ney repete que aguarda ansiosamente por Michael e Reinaldo, além de querer mudar o esquema para o 4-4-2.
Em companhia a Juninho, Fahel, Victor Simões, Eduardo e Túlio Souza, o defensor Leandro Guerreiro ainda não foi alvo da dança das cadeiras, mas, a exemplo dos dois últimos, já flutuou taticamente.

– O esquema não é tão fixo. Contra o Sport terminamos com três na frente e dois zagueiros. Mas sentimos que a equipe está demorando a encaixar e que o Ney está preocupado com essa mudança de postura – ponderou o camisa 5, único poupado das constantes críticas da torcida.
Guerreiro ainda atribui parcela da exagerada rotatividade do Fogão à política adotada pelo técnico.

– Ney tem como filosofia dar oportunidade a todos. E quando um jogador vai bem, é natural que permaneça. Desta maneira, todos ficam motivados. Mas, às vezes, pode-se perder em entrosamento – analisou o ídolo, ciente de que é necessário reagir.

– Os rivais já estão se distanciando. Ninguém está satisfeito, estamos nos cobrando muito – garante.