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Leandro Guerreiro é um dos seis jogadores do elenco que esteve presente em todos os jogos no Brasileiro (Crédito: Ricardo Cassiano)
À exceção dos clubes que estão envolvidos em duas competições simultaneamente, o Botafogo é o que mais utilizou jogadores e o que mais mexeu no time de uma partida para outra no Brasileiro. Insatisfeito, Ney Franco parece longe da formação ideal, até porque, em quatro jogos, segue sem vitórias e amarga a zona de rebaixamento.
A posição na tabela não é comum na carreira do treinador, que alçou o Ipatinga à condição de brigar com os grandes de Minas Gerais e, somente com o Flamengo, em 2007, chegou a frequentar a zona. Quando assumiu o Alvinegro, em julho de 2008, levou o clube da 16º colocação para as cabeças.
Sem conjunto, até agora 22 jogadores já foram a campo. Dois deles, inclusive, já estão fora dos planos
– Lucas Silva e Diego. E a tendência é a de que as alterações sigam, já que Ney repete que aguarda ansiosamente por Michael e Reinaldo, além de querer mudar o esquema para o 4-4-2.
Em companhia a Juninho, Fahel, Victor Simões, Eduardo e Túlio Souza, o defensor Leandro Guerreiro ainda não foi alvo da dança das cadeiras, mas, a exemplo dos dois últimos, já flutuou taticamente.
– O esquema não é tão fixo. Contra o Sport terminamos com três na frente e dois zagueiros. Mas sentimos que a equipe está demorando a encaixar e que o Ney está preocupado com essa mudança de postura – ponderou o camisa 5, único poupado das constantes críticas da torcida.
Guerreiro ainda atribui parcela da exagerada rotatividade do Fogão à política adotada pelo técnico.
– Ney tem como filosofia dar oportunidade a todos. E quando um jogador vai bem, é natural que permaneça. Desta maneira, todos ficam motivados. Mas, às vezes, pode-se perder em entrosamento – analisou o ídolo, ciente de que é necessário reagir.
– Os rivais já estão se distanciando. Ninguém está satisfeito, estamos nos cobrando muito – garante.