Treinador admite atuação ruim contra o Americano e diz que protestos são normais quando a equipe não vai bem. Os aplausos vêm com bom futebol
Cahê Mota
Rio de Janeiro
O título da Taça Guanabara e a classificação para a final do Campeonato Carioca trouxeram para o elenco do Botafogo uma confiança que ainda não contagiou o torcedor.
Após o empate em 2 a 2 com o Americano (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado), na noite desta quarta-feira, no Engenhão, pela quinta rodada da Taça Rio, os jogadores foram vaiados pelos quase três mil alvinegros presentes ao estádio e deixaram o gramado chateados.
Por tudo o que já fizeram na temporada, alguns atletas acreditam que deveriam ter um pouco mais de credibilidade. O goleiro Renan, inclusive, manifestou sua insatisfação. No comando, porém, a postura foi outra.
Para Ney Franco, o momento é de admitir a má exibição e levantar a cabeça, sem entrar em rota de colisão com a torcida.
- Não podemos pedir nada ao torcedor. Nossa cobrança vai ser interna para jogarmos bem. Quando os resultados aparecerem com consistência, se conseguirmos o título da Taça Rio, o torcedor vem para campo.
O treinador reiterou que a proximidade com os alvinegros será sempre importante, mas que é preciso saber absorver as críticas.
- Lógico que queremos o apoio do torcedor, mas esse não é o momento de falarmos disso. Precisamos buscar a recuperação da equipe. O que traz a torcida é um time que jogue bem. Futebol é assim. Ganhou, será aplaudido. Perdeu, será vaiado.
Com dez pontos, o Botafogo é o líder do Grupo B , ao lado de Flamengo e Bagu, que perdem no saldo de gols, e encara o Fluminense, domingo, às 20h30m, no Maracanã, pela sexta rodada.