Grêmio estraga estreia de Seedorf pelo Botafogo: 1 a 0 no Engenhão
Zé Roberto dá passe com selo Seedorf de qualidade para Marcelo Moreno fazer o gol da vitória gremista. Holandês tem boa atuação
Vitória graças a um passe precioso, de primeira, saído de um camisa 10
de passagem marcante pelo futebol europeu. Seedorf? Não: Zé Roberto.
Botafogo? Não: Grêmio. Em sua estreia com a camisa alvinegra, o craque
holandês fez aquilo que era possível e viu aquilo que não queria. O
Tricolor gaúcho, com gol de Marcelo Moreno após assistência do
ex-jogador da Seleção Brasileira, venceu por 1 a 0 no Engenhão e mostrou
ao astro estrangeiro que o campeonato que ele começou a disputar agora é
dos mais complicados.
Seedorf agradou. Mas encarou um adversário muito forte. A atuação do
Grêmio foi tão sólida quanto é sua participação no Brasileiro. Com a
vitória, o time de Vanderlei Luxemburgo subiu para 21 pontos, na quarta
colocação – sete atrás do Atlético-MG, líder da disputa.
O gol de Marcelo Moreno saiu na largada do segundo tempo, depois de uma
primeira etapa muito parelha e de boa atuação de Seedorf, principal
vetor do Botafogo na saída ao ataque. O holandês foi mais discreto no
período final. Não conseguiu levar o Alvinegro a uma reação. Com a
derrota, a equipe comandada por Oswaldo de Oliveira fechou a rodada na
oitava colocação, com 17 pontos.

Seedorf vai bem, mas vitória é do Grêmio no Engenhão (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Os oponentes deste domingo voltam a campo na quarta-feira. O Botafogo
tem clássico contra o Vasco no Engenhão, às 20h30m, e o Grêmio recebe o
Fluminense às 21h50m.
Olhos em Seedorf
Se o Botafogo teve alguns problemas no primeiro tempo, e teve, é certo
que não foi por culpa de Seedorf, assim como é visível que teve o dedo
do Grêmio nisso. Os 45 minutos iniciais foram equilibrados, com o
domínio das ações dividido de forma quase matemática. A empolgação pela
estreia do holandês não foi sinônimo de supremacia para os cariocas. O
time gaúcho apresentou a organização que o caracteriza nos últimos
jogos. Foram dois ossos duros de roer, um de cada lado.
Seedorf foi bem. E esse “bem” pode receber um “muito” antes dele se for
feita a ressalva de que a temporada, para o meio-campista, começou de
fato neste domingo. Ele foi vertical: esteve na defesa e no ataque.
Marcou e foi marcado. Distribuiu passes e foi desarmado. Acima de tudo,
foi ativo.
Mas esteve muito longe de abalar o Grêmio. Com dois minutos, a equipe
de Vanderlei Luxemburgo quase jogou um balde de água com cubos de gelo
em cima da empolgação alvinegra. Tony acionou Leandro na área. Jefferson
salvou. Pouco depois, Pará também teve boa chance, mas se enrolou
dentro da área. E Leandro voltou a incomodar mais tarde, ao fazer fila
na zaga adversária e novamente parar em Jefferson.
O Botafogo não ficou passivo. E reagiu via Seedorf. Que se observe a
reincidência da presença do camisa 10: foi ele quem cobrou o escanteio
para cabeceio de Elkeson para fora; foi ele quem bateu colocado, mas sem
grande ameaça para Marcelo Grohe, que encaixou a bola em paz; e, acima
de tudo, foi ele quem passou reto por Gilberto Silva e mandou na cabeça
de Elkeson, que bateu torto na bola, mais com o nariz do que com a
testa, para fora.
Ainda no primeiro tempo, a dificuldade habitual do Brasileirão deu
boas-vindas a Seedorf. E outros problemas viriam na etapa final.
Zé Roberto rouba a noite de Seedorf
Zé Roberto rouba a noite de Seedorf
Não demorou para ruir a esperança de vitória do Botafogo no segundo
tempo. Logo na largada do período, foi o Grêmio quem pulou na frente.
Elano acionou Zé Roberto dentro da área. O meia não se preocupou em
dominar: deu sequência à jogada direto, de primeira, para Marcelo
Moreno. O atacante completou para o gol.
Impossível classificar como injusta a vitória gaúcha. E impossível
dizer que o Botafogo não batalhou pela reação. Teve diferentes chances.
Vitor Júnior bateu cruzado, e Marcelo Grohe defendeu. Elkeson arriscou
de longe, e a bola ainda desviou no marcador antes de encontrar o
travessão gremista.
Oswaldo se viu obrigado a mexer no time. Primeiro, colocou Andrezinho
no lugar de Fellype Gabriel, improdutivo em campo. Depois, tirou
Seedorf. O holandês saiu aos 24 minutos, muito aplaudido pela torcida.
Deu lugar a Rafael Marques.
O Botafogo seguiu no ataque. O Grêmio tentou criar um escudo em seu
sistema defensivo, mas correu riscos. Léo Gago que o diga. Ele tirou de
cima da linha a bola que representaria o empate na partida.
Os minutos finais foram de pressão. O Grêmio se segurou como foi possível. E garantiu os três pontos que o mantiveram no G-4.
Os minutos finais foram de pressão. O Grêmio se segurou como foi possível. E garantiu os três pontos que o mantiveram no G-4.