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Filho sueco de Garrincha conhece o bar que homenageia o pai em Curitiba


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Filho sueco de Garrincha conhece o bar que homenageia o pai em Curitiba

Ulf Lindberg se emociona ao ver as mais de 280 fotos espalhadas pelo local

Felipe Lessa Enviado especial do GLOBOESPORTE.COM, em Curitiba


Felipe Lessa/GLOBOESPORTE.COM

Ulf posa com fotos do pai no bar em Curitiba

Ulf Lindberg é um sujeito tranqüilo. Trabalhador de fábrica, casado, com filhos, gosta de futebol e de tomar uma cerveja nas horas de lazer. Ao entrar no bar que homenageia seu pai, misturou uma sensação de espanto e alegria. Cercado por mais ou menos 280 quadros de fotos, Ulf se emocionou e disse: “Nunca vi algo assim na minha vida”. Feliz da vida, ele vira o copo de cerveja e sorri orgulhoso, olhando para as fotografias. Estava provado, Ulf realmente é o filho que Garrincha deixou na Suécia, após uma noite de alegria em 1959.
E no bar "O Torto", localizado na região central de Curitiba, o filho do anjo das pernas tortas não precisou fazer nenhuma apresentação com bolas no pé para provar um pouco da fama herdada de seu pai. Em meio aos cerca de 200 presentes, na noite que antecipava o evento de comemoração dos 50 anos do campeonato mundial de 58, Ulf Lindberg ganhou na simpatia, como seu pai, a amizade de quem esteve por perto. Entre um copo e outro, tomados moderadamente, o clima foi de conversas traduzidas, mas divertidas, junto de olhares atenciosos. O sueco bateu papo com qualquer um que por perto passou. Bastava sorrir e dizer "olá" ou “hello”.
Essa era a senha. Desde admiradores, jornalistas e até um ou outro bêbado qualquer que insistia em trombar sem querer, e derrubar valiosos goles de cerveja, o herdeiro manteve a cautela. Seu posicionamento era de olhar, pensar, e mesmo sem falar nada dizer: “tem uns caras que exageraram na dose”. Pouco depois, o outro olhar de Ulf estava direcionado para as fotos.

- Olha. Não tem nenhuma foto minha na parede. Ficarei muito contente quando colocarem uma - fala o filho do Garrincha, sem saber da surpresa que o espera. O dono do bar "O Torto", Arlindo Ventura, o Magrão, afirma que a ansiedade por isso passa em breve.

- Durante as festividades de sábado (28), serão batidas muitas fotos dele. Você acha que eu não vou pendurar uma? Estou apenas esperando o momento oportuno - exalta-se faceiro Magrão, mirando Ulf, que diante de tanta gentileza completa que se sente bem no local que apenas conhecia por internet, mas que agora passou a ser considerado pelo mesmo como uma “segunda casa”.