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Revitalizado, gramado do Engenhão atinge 'nível Copa' e tem novo corte

Botafogo e empresa responsável pela manutenção apresentam melhorias e refoçam apelo por menos uso na temporada 2013. Meta é até 70 partidas

 

Por André Casado Rio de Janeiro


Desde que o Maracanã foi fechado para a reforma de olho na Copa do Mundo, há 29 meses, o gramado do Engenhão ganhou uma importância digna de ter apresentação oficial a cada temporada, como um craque que chega ao novo clube. Nesta quarta-feira, o Botafogo organizou esse procedimento e mostrou novidades após a revitalização feita entre a metade final de dezembro e o dia 10 de janeiro. Com os efeitos dos equipamentos tecnológicos importados e com corte muito baixo, no estilo europeu, o campo está em ótimas condições.

Gramado Engenhão (Foto: Wagner Meier / Agif) 
 
Visão panorâmica do gramado do Engenhão (Foto: Wagner Meier / Agif)
 
O sonho da diretoria alvinegra e da Greenleaf, empresa responsável pela manutenção, é que o padrão se mantenha nos próximos 11 meses. Para isso, reforçaram o apelo que se tornou constante recentemente: é fundamental que haja a racionalização do uso do estádio, que recebeu, segundo as contas do Glorioso, 93 partidas em 2012 e 94 em 2011. A meta é reduzir para 70.
Como apenas o Campeonato Carioca teve sua tabela divulgada, não é possível saber se a CBF vai cumprir o que foi apalavrado em outros torneios. O compromentimento, agora, é tentar superar as estações com o mínimo de dano ao gramado, que já é de nível de Copa do Mundo, garante a Greenleaf, contratada para preparar todos as arenas da Copa das Confederações. O campo costumava piorar bastante no segundo semestre e sofrer críticas.

- O Botafogo tem mostrado que está preocupado com o estado do campo e não para de investir. Vejam a qualidade do gramado que está sendo entregue. Mas precisa haver limites para o uso do estádio. Não dá para passar de dois, no máximo três jogos a semana, em especial no inverno, que é uma época mais complicada pelo clima. E nunca rodada dupla ou preliminar. São regras para serem cumpridas, senão não dá. Não dá para fazer manutenção três ou quatro vezes por ano, como da Europa. Contamos com a colaboração de todos para remanejar jogos de menor apelo - solicitou o diretor executivo do Botafogo, Sérgio Landau.

Sergio Landau e Paulo Azeredo Gramado Engenhão (Foto: André Casado) 
Sergio Landau e Paulo Azeredo com as máquinas
importadas ao fundo (Foto: André Casado)
 
 
O corte diferente e diário, em vez de apenas três vezes semanais, é basicamente a única mudança em relação ao que vinha sendo feito. A bola vai rolar mais rapidamente, e o solo ficou mais duro do que o usual. O engenheiro agrônomo Paulo Azeredo, que representou a companhia, ressaltou que os jogadores terão de se adaptar a essa tendência. Além dele, a Ambev, que em parceria adquiriu as máquinas a R$ 1,5 milhão, também compareceu.

- Éum padrão geral, e de qualidade. A grama costumava estar de 25 a 30 milímetros, e agora foi cortada a 15 milímetros. No mais, foi feito a adubação e a descompactação. Não vai dar para reclamar de nada. Vamos ver se os jogadores vão estar à altura deste campo (risos) - explicou Azeredo.

Em outra frente, o clube avisa que estenderá sua lista de shows no Engenhão, porque precisa da fonte de renda, mas assegura que não esbarrará no calendário e fará tudo para o estado do campo não ser prejudicado, com tapumes e uma equipe pré e pós evento.

As linhas ainda serão refeitas na sexta-feira, véspera da abertura do estadual, no jogo entre Flamengo e Quissmã, às 17h (de Brasília). O Bota pega o Duque de Caxias domingo, às 19h30. O restante do estádio exibiu retoques, como na área dos bancos de reservas, e boa conservação.

Gramado Engenhão (Foto: André Casado ) 
 
No detalhe, o novo gramado do Engenhão (Foto: André Casado )