Ídolo do Botafogo e da seleção do Uruguai é atração de churrasco de fim de ano em Minas, ao lado de familiares e amigos de infância
Loco Abreu dança cumbia com a avó
(Foto: Gustavo Rotstein / GLOBOESPORTE.COM)
(Foto: Gustavo Rotstein / GLOBOESPORTE.COM)
Quando está em Minas, não é um ídolo do futebol. É, sim, um filho ilustre, mas simplesmente Sebastián. Ou Sebá. E nas férias em sua cidade natal (que fica a 120 quilômetros de Montevidéu e tem quase 40 mil habitantes), Loco Abreu, o astro do Botafogo e da seleção do Uruguai, tem pouco tempo para descansar o corpo, tamanho o número de compromissos. Mas pode relaxar a mente, reencontrando a sua família e os amigos de infância.
No último domingo, El Loco viveu um desses momentos. Ele compareceu ao churrasco de fim de ano do Olimpia, clube amador de Minas, que tem a tradição de revelar o talento para o futebol de alguns integrantes da família Abreu. Sebastián atuou pela equipe até os 12 anos, quando ela se chamava Filarmonica (com times formados por menos de 11 jogadores), depois se transferiu para o Nacional de Minas.
Quando chegou ao salão, os olhares, claro, foram todos para ele. Mas os convidados não viam um astro do futebol uruguaio, e sim um parente ou um amigo de longa data. Não que isso não significasse tietagem – foram muitos os autógrafos e pedidos para fotos. Mas Loco Abreu sentiu-se em casa.
- Isso aqui é a felicidade. Sinto que existe uma admiração por mim, mas não é como um assédio. As pessoas me tratam com orgulho, principalmente depois do que aconteceu na Copa do Mundo. Faço questão de ter esse momento de convivência para encontrar amigos, familiares e para lembrar onde tudo começou.
Durante a confraternização, Loco revelou-se um exímio dançarino de cumbia, ritmo mais popular do Uruguai. Aliás, a família Abreu foi o destaque da festa. A primeira a entrar e a última a sair da pista de dança. Lá estavam primos, tios, a irmã e até a avó Zulma Elsa, com quem o atacante dançou alguns passos.
Loco Abreu autografa tatuagem de um fã
(Foto: Gustavo Rotstein / GLOBOESPORTE.COM)
(Foto: Gustavo Rotstein / GLOBOESPORTE.COM)
A música de fundo era da Banda del 13, criada há cinco anos e batizada em homenagem a Loco. Entre os componentes estão três primos do atacante, que dividia seu tempo entre dança, conversa, brincadeiras e autógrafos. Um deles foi no peito de um fã, que tatuou a imagem do atacante na comemoração da cavadinha que deu ao Uruguai a vaga na semifinal da Copa do Mundo de 2010.
- Vim de San Carlo, a 80 quilômetros daqui, somente para encontrar o Loco. É meu ídolo desde criança. Sempre o admirei e nasci no 13. Agora vou tatuar a assinatura dele para que a homenagem fique completa - disse Maximiliano Machado, de 25 anos.
Loco Abreu riu muito e se emocionou ao assistir a um vídeo que lembrou a conquista do campeonato sub-15 pelo Olimpia, em 2010, quebrando um longo jejum. Um dos zagueiros da equipe é Nacho Abreu, seu sobrinho, herdeiro da altura e da habilidade para os gols de cabeça.
- Nesses momentos lembro o começo da minha carreira e tudo o que vivi em Minas. Por isso me emociono - afirmou o artilheiro, que ganhou da Prefeitura as chaves da cidade, após a disputa do Mundial da África do Sul.