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Com a aprovação do treinador, Loco Abreu segue sua trilha de 'cavadinhas'

Entusiasmado, apesar da reserva na Celeste, atacante do Botafogo repete, na Copa do Mundo, lance com sua marca registrada e arranca elogios de Tabárez

Por GLOBOESPORTE.COM
Joanesburgo, África do Sul



"Não foi loucura, foi gol". Assim o técnico do Uruguai, Oscar Tabárez, definiu um dos desfechos de jogo mais emocionantes da Copa do Mundo da África do Sul: a "cavadinha" do atacante Loco Abreu, na quinta cobrança uruguaia na disputa de pênaltis contra Gana. O toque sutil do camisa 13 no meio do gol de Kingson consolidou a vitória da Celeste por 4 a 2, nas penalidades máximas (no tempo regulamentar o placar foi 1 a 1), e serviu como conclusão perfeita para os dramáticos momentos finais da partida que classificou o time às semis, onde enfrentarão a Holanda, na terça-feira. Antes disso, os uruguaios já haviam assistido incrédulos à salvadora mão de Suárez, sobre a linha, que evitou a eliminação no último minuto da prorrogação. Expulso, o atacante viu de fora do campo o ganês Gyan desperdiçar a bola do jogo, carimbando o travessão de Muslera.

- É o meu jeito de bater. Tenho confiança para cobrar assim e o grupo confia em mim - explicou o atacante.

Sorridente, Loco Abreu entra em campo com sua inseparável filmadora, antes do duelo com a anfitriã África do Sul, pela primeira fase da Copa do Mundo (Foto: Getty Images)

e conhecesse um pouco melhor a carreira do atacante do Botafogo - que apesar da reserva na seleção, não esconde o entusiasmo por fazer parte do grupo uruguaio no Mundial e frequentemente pode ser visto sorridente com sua filmadora nos momentos que antecedem os jogos do Mundial - Kingson talvez não tivesse pulado para o canto direito no chute decisivo de Abreu.



Em 2007, nas semifinais da Copa América, o goleiro Doni, da seleção brasileira, já havia sido ludibriado pela “cavadinha” (assista ao vídeo ao lado). Em 2010, foi a vez da torcida alvinegra vibrar com o gol do título estadual no mesmo estilo diante do arquirrival Flamengo, no Maracanã.

Nesta sexta-feira, o heroico Loco ainda recebeu os elogios de Tabárez, que preferiu ignorar o teor de imprudência da cobrança ousada do atacante para exaltar a categoria do bem-humorado torcedor do Nacional-URU.

- Eu chamo isso de classe, de categoria. Os que o criticam não teriam essa coragem. Por que ele não pode cobrar um pênalti assim?