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Destro, Felipe Menezes garante ter mais gols na carreira com a canhota

Meia revela motivo de fazer tantos gols com a perna que não é a principal e confessa que precisava de um jogo como o que fez sábado, contra o Galo

Por Fabio Leme Rio de Janeiro
O torcedor botafoguense que ainda não havia visto um jogo de Felipe Menezes até o sábado passado saiu com a certeza de que o Alvinegro tem no seu elenco um meia canhoto com um poder de finalização aguçado. Entretanto, mal sabe ele, que este jogador não é especialista na perna esquerda e nem em chutes de média distância. (veja os gols contra o Atlético-MG no vídeo abaixo).

Felipe tem como característica ser mais cadenciado, preciso nos passes com sua perna direita. Mesmo assim, dos últimos quatros gols marcados pelo meia (dois no Benfica e dois o Bota), todos foram com a esquerda. O atleta não sabe explicar o motivo deste fato, que parece ser raro no futebol.

Felipe Menezes durante entrevista do Botafogo (Foto: Fábio Leme / Globoesporte.com) 
Felipe Menezes marcou dois gols contra o Atlético-MG, no último sábado, com a canhota, apesar de ser destro (Foto: Fábio Leme/Globoesporte.com)
 
- Sinceramente, não sei, eu tenho o costume quando paro na frente do zagueiro de cortar para dentro e chutar de esquerda, acho que é instintivo. Quando eu era criança treinava bater na bola com a canhota. Tenho mais gols de perna esquerda do que de direita na minha carreira – contou Felipe, sem saber precisar o número de gols que tem com sua perna canhota.

- Não foram muitos gols na minha carreira. Me lembro que fiz dois no Benfica, ambos de canhota. No Goiás, eu acho que fiz uns 14, ente eles, de cabeça, perna direita e canhota – completou.

Depois de nove partidas com a camisa alvinegra, o apoiador admitiu que já se sente bem fisicamente, mas que a parte técnica vem com o tempo e com a confiança.

- Acho que o que me trouxe mais dificuldades no início foram as férias. Fiquei cerca de 45, 50 dias parado. Em Portugal, eu treinava, mas fiquei totalmente parado nas férias. Isso dificulta um pouco. Eu sabia que no início, talvez, não rendesse tudo o que poderia, mas sabia que cresceria depois. Há dois jogos que já venho me sentindo bem fisicamente, restava à técnica. Precisava de um jogo desses, é o que estava faltando – confessou.

Como muitos jogadores brasileiros, Felipe foi muito novo tentar a sorte no futebol europeu. Seu destino foi o tradicional Benfica-POR, mas após dois anos e poucas oportunidades, o jogador voltou ao futebol brasileiro para “recuperar” seu futebol.

- Era muito jovem, joguei fora de posição, não tive muitas oportunidades e acabei voltando. Hoje estou mais maduro – explicou o apoiador de 23 anos, que completou explicando o porquê de ter saído tão cedo do país.

- Benfica é um grande clube, tem história, e os valores tratados eram interessantes. O Goiás também precisava fazer caixa – completou o atleta, fã do argentino Aimar.