Nem deu pra torcer. Foi um massacre. O placar final de 4 a 0 pode ser considerado até modesto, diante da impressionante superioridade do Barcelona sobre o Santos. Não fosse o goleiro Rafael (autor de pelo menos três grandes defesas), a trave e a falta de precisão de Daniel Alves e a goleada teria sido histórica e humilhante.
Neymar, em seu melhor momento, no dia, reconheceu, com razão:
- O Barcelona nos deu uma aula de como jogar futebol. Precisamos voltar ao Brasil e ter a humildade de aprender com eles.
Precisa dizer mais?
Muricy, em minha opinião, foi cauteloso em excesso - a formação com três zagueiros nem de longe se mostrou efetiva, defensivamente e se revelou um desastre, em termos de armação e ataque. Mas seria diferente, se tivsse jogador com uma linha normal de quatro e mais um apoiador (Elano)? Não creio.
A equipe catalã, simplesmente, ignorou o adversário. Parecia até uma brincadeira de dois toques entre profissionais e amadores. O Barça, literalmente, colocou o Santos na roda e liquidou a fatura com três gols no primeiro tempo.
Após o intervalo, já sem tanta volúpia, os espanhóis, até permitiram aos brasileiros alguns poucos contra-ataques. Mas continuaram a ser deles as melhores jogadas, os lances mais perigosos. E o quarto gol foi consequência natural disso - como poderiam ter sido outros mais, salvos por Rafael e pela trave.
A Espanha, atual campeã da Copa do Mundo e do Mundial Interclubes, quem diria, joga, hoje, um futebol muito mais brasileiro que nós...
E, desta forma, não há Neymar sozinho que dê jeito... Ainda mais quando se pode perceber, com absoluta clareza, como aconteceu nesta final, que para chegar a Lionel Messi (se conseguir) nosso jovem moicano ainda terá que evoluir uma barbaridade.
Menos mal que teve humildade para reconhecer isso. Já é um começo!