Jogador atribui tempo de clube por desgaste e diz que críticas prejudicam outros jogadores do Botafogo
Por Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Após deixar o campo vaiado no 1 a 0 sobre o Vitória, no último sábado, Lucio Flavio disse que tinha mais sete partidas pelo Botafogo e que honraria a camisa do clube (assista ao vídeo). Com contrato se encerrando em 31 de dezembro, criou-se uma ideia de despedida antecipada. No entanto, o meia deixou claro, nesta quinta-feira, que não resolveu seu futuro, embora ainda não tenha avançado nas conversas sobre uma renovação. O camisa 10 manteve a serenidade ao comentar mais uma atitude de desaprovação da torcida, mas não escondeu sua insatisfação.
- Sempre vai haver essa situação, e é preciso estar preparado. Mas é lógico que ninguém gosta de trabalhar nesse ambiente, até porque atinge os outros atletas. O jogador ouve e pensa que pode ser o próximo a ser vaiado. Por isso, muitas vezes prefere deixar o clube quando surge uma oportunidade que nem é tão boa assim. No futebol há os torcedores que vão ao estádio para apoiar e outros que querem vaiar. É o mesmo que uma pessoa que compra um CD pirata e prejudica o artista - comparou.
Choque de Alessandro e Somália preocupa o Botafogo Ingressos para Galo e Botafogo, pelo Brasileiro, já estão à venda Botafogo iguala boa marca de visitante à motivação do Atlético-MG Com 233 jogos disputados em cinco temporadas pelo Botafogo (com um intervalo de seis meses no Santos, em 2009), Lucio Flavio se mostra habituado aos altos e baixos na relação com a torcida, embora não satisfeito. O conturbado relacionamento, aliás, pode ser o centro da discussão de seus representantes e o Botafogo numa negociação de contrato. Para o jogador, o compromisso de longa duração, que poderia motivar o sentimento de consideração, na verdade é o principal ponto de desgaste.
- As pessoas que me conhecem dizem que minha paciência não tem limite, porque sou muito paciente. Tenho cinco anos e mais de 200 jogos pelo Botafogo. Por ser muito tempo, o torcedor vê sempre meu nome na escalação. A paciência é maior com o atleta que tem 30 jogos pelo clube, por exemplo. O desgaste é natural.
Com sua paciência infinita, Lucio Flavio prefere não falar em sair, mas também não comenta como andam as conversas com a diretoria. No entanto, destaca que sua declaração ao final do jogo contra o Vitória não passou de uma constatação.
- Muitas vezes, uma palavra que você fala é interpretada de forma diferente, principalmente pela situação daquele jogo. Disse apenas que tenho sete jogos pelo Botafogo, já que meu contrato se encerra no fim do ano - explicou
