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Glorioso empata pela oitava vez seguida

Flu e Bota perdem chance de chegar mais perto de suas metas: 0 a 0

Tricolor desperdiça a oportunidade de volta à liderança do Brasileiro. Alvinegro não reduz diferença para zona Libertadores e perde duas posições



O Cruzeiro perdeu. O Corinthians empatou. Mas Fluminense e Botafogo não aproveitaram uma grande oportunidade de avançar na tabela e ficar mais perto de seus objetivos. O empate de 0 a 0 no clássico disputado no Engenhão, neste domingo, pela 30ª rodada do Brasileirão, impediu que o Tricolor carioca voltasse à liderança da competição. E que o Botafogo quebrasse uma longa série de empates (oito seguidos, agora) e reduzisse a diferença para a zona de classificação para a Taça Libertadores.

O consolo para o Flu foi ter terminado a rodada com uma distância menor em relação ao topo da tabela. O Tricolor segue em segundo lugar, com 53 pontos, apenas um a menos que o Cruzeiro. Já o Bota perdeu duas posições, ultrapassado por Atlético-PR e Grêmio, e agora é o oitavo colocado (45 pontos).

Confira os resultados da rodada e a classificação do Campeonato Brasileiro

O Fluminense volta a campo no domingo, na Arena da Baixada, onde enfrenta o Atlético-PR, às 16h (de Brasília). Na véspera, o Botafogo recebe o Vitória no Engenhão, às 18h30m.

Jogo aberto na primeira etapa

Os resultados das partidas das 16h abriram boas possibilidades para as duas equipes. Assim, o que se viu no primeiro tempo foi um duelo aberto e em alta velocidade, no qual Fluminense e Botafogo buscavam o gol a todo o momento. No entanto, a marcação era forte de ambos os lados, o que tornava a partida disputada e tensa.

Do lado do Botafogo, os duelos estavam bem definidos. Leandro Guerreiro grudava em Emerson, Somália colava em Conca e Marcelo Mattos acompanhava Marquinho. No entanto, o Alvinegro inicialmente se esqueceu de suas obrigações ofensivas e dava campo para o Fluminense avançar. O meio era tricolor, e, com o argentino Conca apagado, Diguinho tinha liberdade para se movimentar e fazer a ligação com o ataque. A novidade do time foi no gol, com Ricardo Berna no lugar de Rafael.


O ataque alvinegro estava isolado. Loco Abreu se limitava a tentar escorar de cabeça as bolas que eram chutadas desde o campo defensivo. Jobson procurava se movimentar pelos lados, mas quase não recuava para buscar jogo e, por isso, pouco pegava na bola.

Do lado tricolor, Emerson começou a partida apostando na velocidade, mas o longo tempo de inatividade por lesão na coxa direita (42 dias) logo o fez diminuir o ritmo. Washington se perdia na marcação adversária e pouco ameaçava. Assim, o Fluminense levou perigo em chutes de fora da área. Em duas oportunidades, o goleiro Jefferson rebateu, mas se redimiu em seguida.

A torcida do Botafogo pegava no pé de Diguinho, que passou por General Severiano, mas também vaiava Lucio Flavio, que não fazia da melhor maneira a função de ligar defesa e ataque.

As melhores chances da etapa inicial estiveram nos pés dos dois centroavantes. Logo aos quatro minutos, Emerson recebeu na direita e chutou cruzado, rasteiro. Washington, de frente para a meta, se antecipou a Márcio Rosário e finalizou sobre o gol, desperdiçando uma chance incrível. Na reta final do período, foi a vez de Loco Abreu. Aos 41, Lucio Flavio rolou para o uruguaio, que chutou por cima. A bola chegou a raspar em Leandro Euzébio. No dia do 34º aniversário, o atacante não conseguiu um gol como presente.

Emerson volta a se machucar

No segundo tempo, o ritmo da partida caiu. Os defensores levavam clara vantagem sobre os armadores e atacantes. Diante da queda de desempenho da equipe, Joel Santana decidiu mexer no time, primeiro colocando Edno no lugar de Lucio Flavio, que deixou o campo vaiado. E, depois, alterando o esquema da equipe, com o atacante Caio no lugar do lateral Alessandro.


Já Muricy Ramalho foi obrigado a mudar o Flu, que voltou a sofrer o efeito da onda de lesões que afetam os seus atacantes. Aos 26 minutos, em um lance junto à linha de fundo, Emerson sentiu dores no tornozelo esquerdo e precisou deixar o gramado.


Apesar de descansados, Edno e Caio não conseguiram criar muito perigo para os zagueiros tricolores e foram mais notados por tentar cavar faltas. Nos pés de Jobson estiveram as melhores chances do Alvinegro. Aos 19, o atacante invadiu a área e chutou cruzado, assustando Ricardo Berna. Vinte minutos depois, o goleiro salvou o Flu. O atacante deixou dois marcadores para trás e concluiu da entrada da área. O novo titular do gol tricolor manteve o placar inalterado.

Do lado do Flu, mandante no estádio do Alvinegro, um dos substitutos, por pouco, não garantiu os três pontos. Aos 42, Conca acionou Júlio César. O lateral, que entrou no lugar de Marquinho, disparou, mas Antônio Carlos salvou. Sete minutos antes, Washington tentou encobrir Jéfferson da entrada da área. Mas encobriu também a meta.

O apito final confirmou um resultado que não era desejado por nenhum dos dois times. E que deixou um gosto de era possível ganhar três pontos tanto de um lado como de outro. Desagrado refletido em vaias de torcedores tricolores e alvinegros.

FLUMINENSE 0 x 0 BOTAFOGO Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Diogo, Diguinho (Valencia), Marquinho (Júlio César) e Conca; Emerson (Rodriguinho) e Washington.

Jefferson, Antônio Carlos (Danny Morais), Leandro Guerreiro e Márcio Rosário; Alessandro (Caio), Marcelo Mattos, Somália, Lucio Flavio (Edno) e Marcelo Cordeiro; Jobson e Loco Abreu.

Técnico: Muricy Ramalho. Técnico: Joel Santana.

Cartões amarelos: Mariano, Leandro Euzébio (FLU), Antônio Carlos, Marcelo Mattos, Jobson, Edno, Caio (BOT)

Estádio: Engenhão (Rio de Janeiro)
Árbitro: Djalma Beltrani (RJ).
Assistentes: Dibert Pedrosa Moisa (Fifa/RJ) e Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ).
Renda: R$ 362.160,00. Público: 13.663 pagantes