Presidente e jogadores campeões brasileiros de 1995 visitam equipe, que luta contra o rebaixamento, no estádio do clube, antes da partida decisiva
Gustavo Rotstein e Rafael Honório
Rio de Janeiro
Como um clube que gosta de falar sobre o orgulho de seu passado, o Botafogo tem bons motivos para estar otimista em relação à luta contra o rebaixamento. Nesta quarta-feira, o Alvinegro viveu um dia de recordações, com visitas de personagens que marcaram época no clube. Donizete, ex-atacante, e Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente, integrantes do grupo campeão brasileiro de 1995, fizeram uma visita ao elenco que se prepara para enfrentar o Palmeiras, neste domingo, às 17h (de Brasília).
A pedido do vice de futebol André Silva, Carlos Augusto Montenegro, que fez parte da diretoria até o fim do ano passado, conversou com o grupo no vestiário antes do treinamento, no CT João Saldanha, em General Severiano. Mas, segundo ele, nada de cobranças. Apenas a transmissão de pensamento positivo para a difícil partida que acontece no Engenhão. Outra presença foi Carlão, goleiro que foi reserva de Wagner no título brasileiro.
Túnel do tempo no Engenhão: Carlos Augusto Montenegro, presidente em 1995, quando o Botafogo conquistou o Campeonato Brasileiro, reencontra o ex-goleiro Carlão, reserva de Wagner na ocasião
- Sou apenas mais um entre os nove milhões de botafoguenses no Brasil que estão rezando por esses jogadores. Domingo, é céu ou inferno, mas estou otimista. Senti o grupo confiante. Mas se o pior acontecer, seria uma humilhação num ano em que o Vasco foi campeão (da Série B), o Flamengo provavelmente será (da Série A), e o Fluminense praticamente conseguiu um
Montenegro lembrou ainda que, neste momento, o Botafogo não pode culpar os erros de arbitragem que marcaram a campanha da equipe neste Campeonato Brasileiro.
- Domingo, ninguém vai lembrar dos roubos. O Botafogo poderia ter conquistado pontos durante a competição, independentemente disso, apesar de eu achar que deveria haver um troféu chamado Sérgio Corrêa para a equipe mais prejudicada. Nós ganharíamos com certeza - ironizou o ex-presidente, referindo-se ao presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.