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Rio de Janeiro
O técnico Estevam Soares acompanhou de perto o atacante Jobson no Botafogo. Porém, o treinador não fazia ideia das atitudes do jogador fora de campo durante a temporada 2009. Através de sua assessoria de imprensa, o comandante alvinegro recriminou o uso de substâncias ilícitas pelo seu comandado, que foi pego no exame antidoping por uso de cocaína, mas fez uma ressalva sobre o caso.
- Sou a favor da punição, mas não podemos esquecer que o uso da cocaína causa dependência e é uma droga social. A pessoa deve ser auxiliada com tratamento. Espero que em algum momento essa situação possa ser revista para que não se crie através dessa punição uma pena de morte para a carreira do atleta - afirmou o treinador.
Além da ressalva para não acabar com a carreira de Jobson, Estevam pediu uma fiscalização maior das entidades esportivas. O treinador afirmou ainda que os clubes se preocupam mais com a performance dos atletas do que com o lado humano dos seus profissionais.
- Temos visto atletas em final de carreira com a vida comprometida. Acredito que falta uma fiscalização, acompanhamento e orientação maior para esses garotos por parte dos clubes. De um dia para o outro, esses meninos ficam conhecidos na mídia, adquirem dinheiro, são tratados como estrelas. Os clubes formam excelentes profissionais, com grande técnica, e esquecemos do lado humano - analisou Estevam.
Entenda o caso
Jobson foi pego no exame antidoping realizado após a vitória do Botafogo por 2 a 1 sobre o Coritiba, no dia 8 de novembro. Em seguida, a contraprova confirmou a existência de substância ilícita no sangue do atleta. Na última sexta-feira, a CBF divulgou que foram encontrados traços de cocaína na urina do jogador nos teste feitos após o triunfo alvinegro por 2 a 1 sobre o Palmeiras, no dia 6 de dezembro.
O meia, que já havia acertado a sua transferência para o Cruzeiro, foi suspenso preventivamente por 30 dias. Jobson vai ser julgado apenas em 2010 e corre o risco de ser banido do futebol.
