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Rio de Janeiro
Ainda estarrecido - como ele mesmo definiu - com o doping do atacante Jobson por uso de cocaína, o técnico do Botafogo, Estevam Soares, ressaltou a importância do jogador para a permanência do clube na Série A do Campeonato Brasileiro. Segundo o comandante alvinegro, sem os gols marcados por ele na reta final da competição o time poderia ter amargado mais um rebaixamento.
- Ficamos muito tristes com o caso do Jobson. Tivemos a oportunidade de conviver com esse menino, que é um jogador que nos ajudou muito. Sem ele poderíamos até ter sucumbido, porque ele foi decisivo para a gente. Ficamos estarrecidos com a notícia - disse o treinador à Rádio Bandeirantes.
Jobson balançou as redes adversárias quatro vezes no Campeonato Brasileiro, mas seus dois últimos gols foram decisivos para o Botafogo. Contra o São Paulo, pela 36ª rodada, ele decretou a vitória alvinegra no Engenhão, por 3 a 2, aos 44 minutos do segundo tempo. Já na última rodada, diante de outro paulista, o Palmeiras, foi o atacante quem selou o triunfo por 2 a 1 e, consequentemente, a permanência do Glorioso na elite do futebol nacional.
Assim, diante da gratidão que têm pelos feitos de Jobson com a camisa alvinegra, Estevam Soares acredita que não é o momento de crucificar o atacante que pode até ser banido do futebol. O técnico defende a punição do jogador, mas também ressalta a necessidade de ajudá-lo.
- É um menino que teve uma história de vida difícil, mas não tínhamos a noção de que a coisa chegasse a esse ponto. É um caso social, em que temos que prestar muita atenção e tentar ajudá-lo de todas as maneiras. É claro que ele tem que ser punido, mas não é uma droga que deu ganho a ele dentro do jogo. Não é o momento para virarmos as costas para esse rapaz, recriminá-lo e crucificá-lo - opinou.