Com direito a empate a dois minutos do fim do tempo regulamentar, time catalão supera Estudiantes e conquista o sexto troféu em 2009
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Abu Dhabi, Emirados Árabes
Foi difícil, sofrido, mas o Barcelona enfim se sagrou campeão mundial de clubes. O time precisou jogar a prorrogação com o Estudiantes de La Plata, neste sábado, no Zayed Sports City Stadium, para conseguir seu sexto troféu no ano de 2009. Messi, de peito, fez o gol do título, após empate por 1 a 1 no tempo normal (Boselli abriu o placar para os argentinos e Pedro empatou, a dois minutos do fim).
O inédito Mundial de Clubes foi a cereja no bolo de um ano de 2009 perfeito para os catalães. Foram nada menos do que seis troféus levantados: Liga dos Campeões, Campeonato Espanhol, Copa do Rei, Supercopas da Europa e da Espanha e, agora, o Mundial de Clubes.
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O capitão Puyol ergue a taça ao lado de Dani Alves e dois demais jogadores do Barça
Para chegar à glória, entretanto, o Barça precisou sofrer mais do que em qualquer de suas outras cinco conquistas do ano. O Estudiantes, muito bem posicionado defensivamente e com homens perigosos à frente, esteve com a mão na taça a maior parte do tempo. O gol de Pedro, que entrou no segundo tempo, aconteceu já com o Barcelona jogando no desespero, quando tudo indicava que a festa seria argentina.
Ibra tenta bicicleta, observado por Verón
O Estudiantes, por sinal, jogou de uniforme todo branco, assim como fizeram o São Paulo, em 1992, e o Internacional, em 2006. Os times brasileiros conseguiram bater o gigante catalão nas finais daqueles anos e, por pouco, o fenômeno não se repetiu.
O Barcelona começou a partida com mais posse de bola, porém sem conseguir penetrar na bem postada defesa do Estudiantes. O time argentino, por outro lado, não abdicou do ataque ao longo da primeira etapa e foi perigoso em jogadas de contragolpe.
Jogadores do Estudiantes comemoram o gol de Boselli, o primeiro do jogo
Sem Iniesta, machucado, o Barça entrou em campo com um meio-campo formado por Sergio Busquets, Xavi e Keita, municiando um trio ofensivo formado por Messi, Ibrahimovic e Henry.
No Estudiantes, Verón foi o comandante do meio-campo e teve como principais destaques a seu lado na equipe Braña, Enzo Pérez e Boselli, autor do gol argentino.
Por vezes usando de jogadas ríspidas, o Estudiantes conseguiu conter bem o Barcelona. O time argentino foi premiado aos 36 minutos, quando conseguiu seu gol. Díaz cruzou e Boselli testou, sem chances para o goleiro Valdés.
O Barça ainda reclamou de um pênalti do goleiro Albil em Xavi antes do intervalo, mas a arbitragem nada marcou.
Na etapa final, o técnico do Barcelona, Guardiola, resolveu sacar o meia Keita para lançar o atacante Pedro. O time de fato ficou mais ofensivo e pressionou o Estudiantes, que por boa parte da segunda etapa só se defendeu.
Após o gol de Pedro, aos 43 do segundo tempo, muita festa dos jogadores do Barcelona
O Barça criou algumas chances para chegar ao empate, mas em geral não mostrou potência para furar o ferrolho dos argentinos. As melhores oportunidades surgiram em uma tabela entre Messi e Ibra, e depois numa cabeçada do sueco que, livre, mandou para fora.
Quando os argentinos já sentiam o gosto da conquista, o gigante despertou. Aos 43, na base do abafa, o Barça foi para cima e, após bola levantada na área, Pedro se viu cara a cara com o goleiro Albil. O camisa 17 tocou de cabeça, por cobertura, e deixou tudo igual em Abu Dhabi.
Na prorrogação, o panorama seguiu o mesmo: contando com talento, garra e pouca organização, o Barcelona pressionou em busca da virada. Calculista, o Estudiantes se segurou. Até os 5 minutos da segunda etapa da prorrogação. Foi quando Messi deu as caras. O camisa 10 aproveitou um cruzamento de Daniel Alves, correu por trás da defesa rival e escorou de peito para o fundo da rede.
Muita festa do time azul-grená, pela primeira vez campeão mundial de clubes.