Cahê Mota Rio de Janeiro
As vaias são cada vez mais recorrentes e, de ídolo de estilo clássico, Lucio Flavio passou a ser visto como um jogador lento e o vilão da má campanha do Botafogo no Brasileirão. De volta ao clube depois de uma passagem frustrante pelo Santos, o meia se acostumou a justificar a cada semana as atuações ruins.
Sem perder a tranquilidade que lhe é comum, ele aceitou os protestos após a derrota diante do Goiás, no último fim de semana, e mostrou compreensão com a impaciência do torcedor.
- Quem está há mais tempo no futebol sabe que em certo momento dentro de um jogo, quando a equipe mandante está perdendo, o limite do torcedor acaba. Realmente existiu a vaia. Praticamente para todos os jogadores. Veio mais forte para cima de mim, mas de quem se espera mais se cobra mais. Tenho que assumir a responsabilidade. Tenho que saber viver esse tipo de situação. Até porque não estamos em uma posição cômoda na tabela. É frustrante para todos.
Além de Lucio Flavio, Juninho é outro jogador que tem uma história de sucesso com a camisa alvinegra e vem sofrendo na mão dos torcedores. Para o meia, o passado vitorioso gera naturalmente cobranças maiores e só com uma melhora coletiva o Botafogo vai subir na tabela.
- Não vai ser o Juninho ou o Lucio Flavio que vão resolver. Somos jogadores importantes dentro de uma situação. Se você tem dois jogadores que estão mal e nove bem, os outros conseguem levar os dois. Quando é o contrário, não tem como. Pelo que fizemos pelo clube, a cobrança é maior. A partir do momento que começarmos a conseguir resultados positivos, isso vai mudar.
Com seis pontos, o Botafogo é o último colocado no Campeonato Brasileiro e encara o Atlético-MG, domingo, às 16h, no Mineirão, pela nona rodada da competição.