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Ney Franco: 'Agora eu olho para o banco de reservas e percebo que tenho opções'

Técnico do Botafogo comemora contratações recentes, fala da provável chegada de Celsinho e diz que vitória sobre Internacional é a referência

GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro



A ida do meia Maicosuel para o Hoffenheim, da Alemanha, e a lesão que deixou o atacante Reinaldo dois meses longe dos gramados fizeram muito mal ao Botafogo. O técnico Ney Franco não se cansa de ressaltar a falta que os dois jogadores fizeram ao time no início do Campeonato Brasileiro, daí a campanha ruim da equipe, que deixou a zona de rebaixamento neste fim de semana, ao derrotar o Internacional por 3 a 2, no Engenhão, pela 14ª rodada.

O Alvinegro, no entanto, começou a se reencontrar. Há cinco partidas invicto (duas vitórias e três empates, sendo que quatro jogos foram realizados fora de casa), o time ganhou recentemente os reforços do atacante André Lima e do meia Jônatas. Além disso, Reinaldo foi liberado pelo departamento médico, e a diretoria deve anunciar muito em breve a contratação de Celsinho, atualmente no Sporting, de Portugal. O meia, de 20 anos e revelado na Portuguesa, chega para suprir a ausência de Maicosuel.

- Hoje eu olho para o banco de reservas e percebo que tenho opções. Contra o Internacional havia Jônatas, Thiaguinho e o Reinaldo - ressalta o treinador, que se mostra entusiasmo com o jovem meia e também lembra que faltam alguns dias para o lateral-esquerdo Michael estrear. - O Celsinho está em processo de contratação. É um jogador que apareceu muito bem na Portuguesa, aos 17 anos, e foi para a Rússia. É um jogador mais leve, que não temos no elenco. E o Michael veio do exterior, por isso só pode ser utilizado a partir de agosto.

Durante a entrevista no programa "Tá na Área", do SporTV, o técnico revelou que o triunfo diante do Colorado fez com que todos passassem a sonhar com voos mais altos no Brasileirão, mas sem perder o foco de que um passo precisa ser dado de cada vez.

- Foi o nosso melhor jogo no campeonato. Havia um diferencial negativo para a nossa equipe, que era ganhar em casa. Isso é essencial numa competição como esta, e agora vencemos um adversário qualificado, comandando por um grande profissional como o Tite. O Botafogo pode definitivamente sair da situação desconfortável em que se encontra e, quem sabe?, mais para frente pensar em algo a mais.

Otimista, Ney fala como se o momento ruim realmente já tivesse ficado para trás. Para tanto, se baseia nas últimas atuações, nas quais o time mostrou mais volume de jogo que os adversários, e os empates acabaram sendo um castigo.



- Nosso início no Brasileiro foi muito difícil. Tive de mudar a forma de a equipe jogar porque perdemos dois jogadores muito importantes (Maicosuel e Reinaldo). Passamos para o 4-4-2 e nos perdemos. Revi o plano tático contra o Atlético-MG. Voltamos a atuar no 3-5-2 e houve uma evolução - garante Ney, explicando o que mudou na composição do time. - Ainda não temos alguém com as características do Maicosuel, mas jogadores como o Batista entraram e acertaram. Ele e o Eduardo me dão boas alternativas pelo lado esquerdo. Além disso, a volta do Reinaldo e as chegadas do André Lima e do Jônatas ajudaram bastante.

Apesar disso, a possibilidade de perder o zagueiro e capitão Juninho, que se tornou uma importantíssima nas cobranças de falta, tira o sono do treinador.

- A janela ainda está aberta, e algumas equipes perdem com isso. Eu disse que perder Juninho teria o mesmo peso da perda do Maicosuel, pela importância que ele tem, pelo representa para o time. Mas até o momento a diretoria não me passou nada oficial, nenhuma proposta concreta que tenha chegado pelo jogador.

Em 15º lugar na tabela, com 15 pontos e um jogo a menos (a partida contra o Cruzeiro, válida pela 11ª rodada, foi adiada para 27 de agosto), o Botafogo enfrenta o Coritiba na próxima quarta-feira, às 19h30m, no Couto Pereira.