Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Após quase oito meses, a diretoria do Botafogo pode ter sua primeira reformulação. Como consequência de um racha político, os vice-presidentes teriam colocado seus cargos à disposição, em reunião realizada na noite da última terça-feira. O objetivo seria deixar o presidente Maurício Assumpção à vontade para decidir quem ocupará as posições a partir de agora.
Um grupo de vice-presidentes indicados pelo vice geral Antônio Carlos Mantuano ainda no período eleitoral, estaria em conflito com outros membros do conselho diretor, alguns também integrantes deste grupo, gerando divergências e problemas internos.
Para tentar evitar uma crise maior, eles teriam decidido que o melhor seria que Maurício Assumpção assumisse total responsabilidade por indicar os cargos das sete vice-presidências: administrativa (Anderson Simões), financeira (Cláudio Good), patrimônio (Francisco Fonseca), jurídica (Gustavo Noronha), comunicação social (Beto Macedo), futebol (André Silva), esportes gerais (Alexandre Brito) e remo (Marcelo Murad). André Silva, que está em Curitiba com o time, e Gustavo Noronha, que está de férias, não estiveram no encontro.
Numa acalorada reunião de diretores há cerca de 40 dias, o vice financeiro Cláudio Good chegou a sugerir que todos os vices colocassem os cargos à disposição, como forma de dar um basta à divisão. Inicialmente, o presidente não aceitou a ideia. Mas, como percebeu que o racha era mais profundo, resolveu aceitá-la para reduzir os problemas – provavelmente trocando algumas peças.
Depois da eleição realizada em novembro do ano passado, Maurício Assumpção teria indicado apenas Francisco Fonseca e André Silva. Cláudio Good seria um nome de consenso, por já conhecer as necessidades financeiras do clube, e os demais vices teriam sido provenientes do grupo liderado por Mantuano.
No entanto, as mudanças, que podem ser anunciadas nesta sexta-feira, devem valer para a menor parte dos cargos. Nomes como André Silva e Cláudio Good, por exemplo, estariam certos na diretoria.
