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Seedorf revela fortes laços entre Brasil e Suriname

Meia afirma que fãs locais torcem pela Seleção Brasileira, além de lembrar tristeza pela eliminação da equipe no Mundial de 1986


Seedorf em amistoso beneficente na Holanda (Foto: Ad.Nl)  
Seedorf nasceu no Suriname, país onde se torce 
muito por Brasil e Holanda, segundo o meia (Foto: Ad.Nl)
 
Rodrigo Lois
Vinícius Perazzini


Rio de Janeiro (RJ)
 
Embora tenha passado a vida inteira na Europa e jogado por vários anos pela seleção holandesa, Clarence Seedorf, o novo meio-campista do Botafogo, tem suas raízes na América do Sul. Nascido em 1976 no Suriname, país colonizado pela Holanda, o meia revelou que, desde cedo, tem uma relação forte com o Brasil, país vizinho da pequena república, que ficou independente do país europeu um ano antes do nascimento do meia.

Seedorf afirmou que sua ligação com o Brasil é intensa desde a infância. Além de revelar que seu pai tinha fotos de clubes cariocas como Flamengo, Fluminense e o próprio Botafogo, o meio-campista ainda disse que o apoio à Seleção Brasileira é grande em seu país. Tanto que o ainda pequeno Clarence lamentou a derrota do time canarinho na Copa do Mundo do México, em 1986.

- Há muitas coisas que conectam Brasil e Suriname. Muita História, muita coisa bonita. Quando eu tinha dez anos, chorei quando o Brasil saiu da Copa. No meu país, todos torcem para dois times: Holanda e Brasil. Cresci com o Brasil na minha vida, desde sempre.

Mesmo já na Europa, o meia lembrou que nunca se afastou das coisas do maior país da América do Sul. Seedorf explicou que aprendeu a falar português por causa do lateral-esquerdo Roberto Carlos, com quem conviveu no Real Madrid entre 1997 e 2001. Além disso, as frequentes vindas ao Brasil, em férias e a trabalho (como no Mundial de Clubes da FIFA, em 2000) fizeram com que seu retorno, desta vez para defender um clube brasileiro, era algo que aconteceria naturalmente.

- No Real Madrid, fui companheiro de quarto do Roberto Carlos por quatro anos, foi com ele que aprendi português. Depois, conheci minha mulher, que é brasileira. Há 12 anos, venho sempre aqui de férias, então jogar no Brasil era quase uma coisa lógica, é a chance de conhecer melhor esse país. O Brasil mora no meu coração - declarou.