Após recusa de proposta, Andrezinho valoriza estabilidade: 'Não posso errar'
Com longa permanência nos clubes em que passou, meia confirma que esforço feito pelo Bota para contratá-lo também pesou na investida árabe
Andrezinho tem caminho livre para seguir no Bota
até o fim de 2014 (Foto: Marcos Trisão / O Globo)
até o fim de 2014 (Foto: Marcos Trisão / O Globo)
A proposta do Al-Ahli feita ao Botafogo não agradou aos dirigentes, e Andrezinho
permaneceu no clube, após alguns dias de suspense. Mas a decisão partiu
também do próprio meia, que costuma valorizar a estabilidade e cumprir
os contratos que assina. Foi assim no futebol coreano (quatro anos) e no
Inter (quatro anos), que, além do Flamengo (outros dois) - que o formou
- e agora o Botafogo, foram suas únicas camisas. Apesar de não ter
filhos pequenos da união com a carioca Carolina, mudar de ares jamais
foi de fazer sua cabeça.
Outro detalhe levantado por Andrezinho foi o esforço do Glorioso para
contratá-lo, junto ao Inter, após duas tentativas sem sucesso em
temporadas passadas. Todos se tornaram fatores decisivos para que ele
não cogitasse pedir sua liberação para se aventurar na Arábia Saudita.
- Havia o interesse, e claro que era uma proposta financeiramente
importante, ainda mais pela minha idade (prestes a fazer 29 anos). Mas a
decisão passa pelo projeto que decidi encarar, eu era a escolha do
Botafogo e tenho consciência do que o clube fez pela minha contratação.
As pessoas que trabalham no Botafogo têm minha confiança. Sempre disse
que meu pensamento é fazer história, vencer no Botafogo. Seria uma saída
prematura, ruim. No futebol acontece essas coisas, ainda mais em época
de janela. Se fosse algo concreto e bom para todo mundo, até sairia. Mas
só assim - avisou o camisa 10, que retomou sua vaga de titular contra o
Vasco.
Andrezinho ainda acredita que caso ficasse arrependido com a escolha de
sair, dificilmente se recolocaria no mercado depois de passar o período
do compromisso com o Al-Ahli. De acordo com ele, a esposa também não
foi a favor de uma mudança repentina neste momento.
- Tudo você tem de decidir com a família. Sempre pensei muito nisso.
Vendo pelo lado profissional, não posso ser hipócrita de falar que não
considerei oo lado financeiro. Estou prestes a completar 29 anos, não
sou garoto. Tenho certeza de que esse momento é crucial, cada decisão na
carreira e na vida tem que ser tomada com calma. Já não posso errar,
porque não tenho tempo para recuperar. Todas as deciões que tomei na
vida fui feliz, e essa vai ser mais uma - garante o meia, sob vínculo
com o Botafogo até o fim de 2014.
Antes dele, a janela de transferências internacionais levou Herrera e
Maicosuel de General Severiano. A diretoria, porém, recusou todas as
ofertas que recebeu pelo meia-atacante Elkeson. Neste período, chegaram
os meias Seedorf e Lodeiro e o atacante Rafael Marques. O ídolo Loco
Abreu também deixou o Alvinegro, mas para defender o Figueirense.