Seedorf diz não se importar com insultos a Balotelli
Meia do Botafogo acredita que comportamento inadequado do astro italiano o faz tornar alvo de provocações da torcida
Raphael Bózeo, Rodrigo Lois, Tiago Pereira e Vinícius Perazzini
Rio de Janeiro (RJ)
Rio de Janeiro (RJ)
Em entrevista ao LANCENET!, Seedorf condenou o racismo,
mas destacou que um jogador negro não tem muitos motivos para reclamar
dos insultos que leva: ele é Mario Balotelli. O polêmico italiano, de 21
anos, que atua pelo Manchester City (ING), gosta de provocar clubes e
torcedores rivais, algo que despertou grande antipatia de parte dos
profissionais do mundo da bola.
- Para a maneira de se expressar
da torcida, com urros de macaco, mostrando que não gosta dele
(Balotelli), eu não dou muita importância. O fato é que muitas vezes ele
se comporta mal. Quando ele começar a se comportar bem, verá que terá
menos dessas coisas - disse Seedorf.
Amante de badaladas
festas, Balotelli tem o histórico marcado por esbanjar fortunas em
carros de luxo e bares. Há cinco dias, o atacante teria batido o recorde
de gastos em um bar em Ibiza, na Espanha, pagando uma conta de
aproximadamente R$ 12,5 mil. Já Seedorf demonstra ter valores opostos
aos do astro do City.
- É fundamental ter respeito, para você
mesmo. E, consequentemente, para os outros. Com respeito a gente cumpre
muita coisa. Não sei se você considera educação um valor, mas para as
crianças...
Temos de lutar também por essas coisas. Não tenho muito
tempo também para fazer muitos projetos. Gostaria de fazer muito mais,
mas também estou trabalhando. Passar uma hora em uma escola, escutar
crianças conversando sobre os valores da vida, da questão do racismo,
dos problemas sociais - comentou Seedorf, que não bebe, não fuma, e se
orgulha disso:
- Acredito que Deus me deu uma missão, como deu
para cada um de nós. Não é um peso. Eu falo como eu sou. Essa
espiritualidade é importante para fazer essas coisas sem ser forçado.
Gosto de brincar muito, rir muito, de falar das coisas positivas. Muitas
pessoas têm medo de sonhar, mas para mim é a fonte da vida. Se eu não
sonhar, acabou tudo. Tenho de sonhar com o que quero, realizar
profissionalmente, pessoalmente. Aí você tem que trabalhar, para não
ficar só no sonho - destacou.