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Com Seedorf na regência, quarteto tem lampejos e dá ideias a Oswaldo

Nova formação de meio de campo demora a engrenar, mas aproxima os jogadores e evolui no segundo tempo, com o holandês em destaque

 

Por André Casado Rio de Janeiro


 
A mudança radical promovida por Oswaldo de Oliveira para a partida contra o Figueirense, neste sábado, demorou a surtir efeito e talvez não tenha saído como o esperado, já que foi parcialmente desfeita no intervalo. Mas, diante da necessidade de adaptação, o treinador do Botafogo gostou do que viu em seu esquema ofensivo e não descarta utilizá-lo em outra ocasião. Embora lembre que, pelos riscos, deve analisar as circunstâncias e o adversário com cuidado (confira os melhores momentos da vitória por 1 a 0).

Em resumo, Renato foi recuado para ser o único volante de ofício, Fellype Gabriel - que incorporou a função e vestiu a camisa 5 - e Seedorf pelos lados, indo e voltando, e Andrezinho mais adiantado e centralizado, a seu estilo, formando um losango. Eles municiaram Elkeson e Rafael Marques, mais fixo como centroavante. O time catarinense teve chances, salvas por Jefferson, e achou fragilidades defensivas, que foram gradativamente ajustadas.

- Depende muito dos jogadores que eu tiver em mãos. Atuamos sem o "volantão" mesmo, só o Renato que tinha eminentemente a força de marcação e se sacrificou, fez uma leitura do jogo correta depois de um começo inseguro. Fellype Gabriel já jogou ali em outras situações. Temos de adequar o que faremos com os rivais. Quando eu tiver Vitor Júnior e Fellype Gabriel juntos, em excelentes condições, vou jogar como vínhamos atuando com o Seedof, que vai ter mais intensidade. Vou procurar outras função para ele também - analisou Oswaldo, indicando que na próxima rodada, fora de casa, a formação não deve ter vez.

No primeiro tempo, a equipe carioca voltou a ter dificuldades de tabelar e ser compacta, abrindo espaços na área do Figueirense. Aos poucos, porém, os jogadores foram se aproximando e algumas tramas saíram, divididas entre os pés de Seedorf - que pôs Rafael Marques na cara do gol, mas ele furou - e Fellype Gabriel - que assistiu Elkeson mais de uma vez.

Seedorf Botafogo x Figueirense (Foto: Wagner Meier / AGIF) 
 
Seedorf tenta escapar da marcação dupla do Figueirense (Foto: Wagner Meier / AGIF)
 
Depois do intervalo, já com Vitor Júnior, de 1,65m, na vaga de Rafael, de 1,90m, o holandês assumiu o papel de maestro e regeu o Botafogo com orientações e aplausos efusivos após acertos e até erros.

Coincidência ou não, seu desempenho melhorou - e muito. Deixou de ser o homem só dos escanteios para se tornar o jogador com mais posse de bola do Glorioso na etapa final. O gol de Andrezinho foi festejado como o de um título. E, aos 40 minutos, saiu do campo para entrada de Rodrigo Dantas, mais para ser aplaudido por todos no Engenhão.

No geral, Fellype Gabriel foi preciso em duas roubadas de bola (quando o jogador sai com a posse) e se movimentou por todo o campo de defesa. Seedorf foi importante nas conclusões a gol, com quatro, números maiores que os de seus duas primeiras partidas. Já Andrezinho, mais visados, também arriscou quatro vezes e levou sete faltas dos adversários.

No próximo compromisso, contra o Atlético-GO, sábado, no Serra Dourada, o Botafogo não terá Vitor Júnior, mas contará com o retorno do zagueiro de Antônio Carlos. Seedorf já provou que a maratona não é problema para ele, mas deve ficar fora da viagem para São Paulo, onde o clube estreia na Copa Sul-Americana, quarta-feira, frente ao Palmeiras.

Números dos meias Finalizações Roubadas/ desames Faltas recebidas Faltas cometidas Passes certos Passes errados
Renato 1 2 1 1 41 0
Fellype Gabriel 0 2 3 0 32 4
Seedorf 4 2 2 1 41 8
Andrezinho 4 1 7 1 18 8