Seedorf minimiza problemas de adaptação aos gramados brasileiros
Reforço do Botafogo, holandês lembra que na Itália também 'não tem essa grama bonita' e mostra disposição para entrar em forma rapidamente
O Botafogo tem se preocupado em facilitar ao máximo a adaptação de Seedorf.
Para isso, tem ciceroneado o jogador e mantido funcionários à sua
disposição. No entanto, um dos pontos citados pelo técnico Oswaldo de
Oliveira como possível problema parece ter sido descartado pelo próprio:
os gramados brasileiros.
Na manhã desta terça-feira, Seedorf deverá ter seu primeiro contato com
o campo da sede de General Severiano, que não está em boas condições.
Mas isso não o assusta para a disputa do Campeonato Brasileiro, pois
garante ter vivido situações semelhantes em sua carreira.
- Não estou preocupado com o gramado. Na Itália, não tem essa grama
bonita. Não é como na Espanha ou Inglaterra, onde há tapetes. Futebol é
futebol, tenho que me adaptar - afirmou Seedorf.
Seedorf mostrou disposição em seus primeiros dias no Rio (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Preocupado em manter a forma, Seedorf desembarcou na última sexta-feira
no Rio, participou de um coquetel, passeou com a família e terminou o
dia em uma academia, sob a orientação do preparador físico Leandro
Cardoso.
No sábado, data de sua apresentação, ele correu no calçadão da praia de
Ipanema e, no domingo, tirou folga. Nesta segunda-feira, insistiu para
correr no gramado de General Severiano, o que não aconteceu. Ainda sem
confirmação, a estreia está prevista para o dia 22, contra o Grêmio, no
Engenhão. Motivação parece não faltar para um jogador de 36 anos que
pode precisar de um trabalho especial.
- Quem joga tudo se machuca. Serão muitos jogos de alto nível. Então,
vou ser um jogador à disposição, e o técnico vai saber a melhor forma de
utilizar o time e os outros jogadores. Tenho 20 anos de futebol, e o
que me motiva é a novidade. Sempre consegui fazer bem essa mudança de
país, sem problemas de adaptação - comentou Seedorf.
Seedorf contou que o fato de sua mulher, Luviana, ser brasileira não
foi fundamental para que ele tomasse a decisão de se transferir para o
Rio de Janeiro.
- Minha mulher está feliz, é uma coisa especial. Ela faz parte da minha
vida, sabendo que esse é o meu trabalho e que isso acontece várias
vezes na vida de um jogador de futebol. Desta vez, em um lugar que ela
conhece bem, mas há muitas outras coisas importantes numa situação desse
tipo. Não foi a primeira vez que mudei de país. Agora, mais longe, mas
pensei muito e agora estou aqui 100% - disse o holandês, que nasceu no
Suriname e já defendeu Ajax-HOL, Sampdoria-ITA, Real Madrid-ESP,
Internazionale-ITA e Milan-ITA.