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Coração azul: sem mágoa do Bota, Rojas festeja recuperação com La U

Reprovado nos exames médicos, chileno volta a ser capitão da Universidad de Chile e celebra o tricampeonato nacional jogando quase todos os jogos

 

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Jose Rojas com a taça de campeão da La U Chile (Foto: EFE) 
Rojas levanta a taça de campeão do Apertura com
a Universidad de Chile (Foto: EFE)
 
Na segunda-feira, contra o La Serena, a Universidad de Chile volta a campo depois de conquistar o tricampeonato nacional consecutivo para iniciar sua campanha no Torneio Clausura. No time de camisa azul há um jogador que se transformou em um símbolo e já esteve perto de defender o Botafogo: Pepe Rojas, que atua como zagueiro ou lateral-esquerdo e também defende a seleção chilena.

Rojas não foi contratado pelo Botafogo depois de, durante os exames médicos, apresentar uma alteração cardíaca. Houve uma pequena novela até que, no dia 23 de janeiro, o clube e o jogador anunciaram em seus veículos oficiais o fim da negociação. Ele voltou para a Universidad de Chile, recebido de braços abertos para retomar seu posto de capitão, levantando o troféu de campeão do Apertura deste ano.

- Por tudo que se comentou, não guardo rancor ou raiva do Botafogo. Apenas vivi uma experiência muito ruim na minha vida. Voltar para La U e ser tricampeão nacional ajudou a aliviar a amargura. Agora, me sinto são e feliz - afirmou Rojas, em entrevista por telefone ao GLOBOESPORTE.COM.

No primeiro semestre, Rojas atuou em 31 jogos, sendo três deles pela seleção chilena. Ficou fora de apenas cinco na temporada, sendo que na primeira rodada do Torneio Apertura não estava à disposição para jogar por estar recuperando a forma física depois da negociação frustrante com o Botafogo.

- Chegando ao Chile, fiz todos os exames e para a minha tranquilidade tudo correu bem com meu coração. Voltei a jogar pela Universidad de Chile, estive em toda a Libertadores e atuei os 90 minutos em La Paz, pela seleção. Claro que me assustei com o que aconteceu, mas internamente me sentia bem. Entendo tudo que aconteceu, mas eu sou a pessoa mais indicada para dizer se estou bem ou não - afirmou Rojas, que tem até um espaço no site oficial do clube chileno entitulada "La Columna del Capitán".

Mesmo com toda a novela envolvendo a descoberta de sua alteração cardíaca no Botafogo, o chileno até admite a possibilidade de no futuro estudar uma nova chance de atuar no Brasil. Rojas fez questão de elogiar as pessoas com as quais tratou no clube carioca enquanto esteve no Rio.

Muitos torcedores se manifestaram pelo Twitter, querendo que eu defendesse o Botafogo. Mas agora estou feliz. Meu coração é azul"
Rojas
 
- O Anderson (Barros, gerente de futebol) foi o tipo de pessoa que fez todo o possível para que tudo desse certo e eu pudesse ficar. Infelizmente, não deu e não sei de quem dependia. Mas passou e se tiver uma nova chance de jogar no Brasil em um outro momento da minha carreira, estudaria certamente. Mesmo no Botafogo. Não há motivo para fechar a porta - disse Rojas, de 29 anos, autor de um gol na campanha do título do Apertura.

Na época em que esteve próximo de acertar com o Botafogo, Rojas não chegou a ser reconhecido nas ruas, mas recebeu muitas mensagens de apoio em seu perfil no Twitter. No entanto, fez questão de deixar claro que a volta ao seu clube de origem aflorou ainda mais o seu sentimento por La U.

- Muitos torcedores se manifestaram pelo Twitter, querendo que eu defendesse o Botafogo. Mas agora estou feliz. Meu coração é azul - disse Rojas, que sonha disputar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.