Abaixo-assinado tenta impedir que Mané deixe nome do estádio do DF
Moradores resistem ao uso futuro dos direitos de arena para Copa, e até Elza Soares, ex-esposa do craque, lamenta troca, em entrevista a jornal
Construído no espaço do ainda atual Mané Garrincha, o Estádio Nacional de Brasília nem está de pé para a Copa das Confederações de 2013 e para a Copa do Mundo de 2014 e já cria polêmica com os moradores da capital. Muitos brasilienses não se conformam com a mudança de nome do local, que homenageia o eterno craque bicampeão do mundo (em 1958 e 1962) e ídolo do Botafogo, falecido em 1983. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, um abaixo-assinado tem alta adesão e se estende para diversos setores da sociedade.
A alteração parece mesmo inevitável, diante do padrão que se estabelece para as competições. Principalmente porque o chamado "naming rights" (direitos de nome ou arena) poderá ser exercido pela empresa que patrocina a despendiosa reforma a um interessado, (R$ 671,2 milhões) para reaver o valor investido.
Até mesmo a ex-esposa de Garrincha, a cantora Elza Soares, lamentou o fato.
- É muito triste ver mais uma vez comprovado que o Brasil é um país sem memória. Não se recorda dos seus heróis e seus ídolos - disse à publicação.
O movimento é denominado "Fica, Mané Garrincha". O estádio, previsto para a conclusão das obras em dezembro de 2012, está parado no momento, em virtude de uma greve dos operários iniciada na última quarta-feira. O consórcio buscou diálogo com os sindicalistas, mas não concordou com a manutenção do ato e já acionou a Justiça Trabalhista para resolver o impasse.