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Perto do Alvinegro e na mira do PSG, Maicosuel diz: 'Tenho dívida com o Bota'

Mesmo longe das negociações, meia revela desejo de retornar a General Severiano e dar continuidade à trajetória interrompida em 2009

Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro


Maicosuel em ação pelo Hoffenheim: meia tem proposta para retornar ao Botafogo No início de 2010, ainda respirando a angústia da fuga do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, Maurício Assumpção prometeu uma contratação que pararia o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Loco Abreu chegou perto, e o sonho de ter Ronaldinho Gaúcho não foi concretizado. Mas o Botafogo está perto de anunciar a volta de um jogador que em pouco tempo conseguiu conquistar o coração da torcida. O clube espera receber nas próximas horas uma resposta do Hoffenheim, da Alemanha, sobre a proposta oficial que fez.

A diretoria do Botafogo ainda diz que a operação está em estágio e inicial e que, além disso, é um sonho difícil. Explica-se: a negociação está avançada, mas o clube prefere ainda não confirmar, já que enfrenta a concorrência do Paris Saint-Germain, da França. Também há a expectativa da resposta do Hoffenheim, que estuda a possibilidade de negociar, ou não, o jogador, que tem mais quatro anos de contrato.

Do outro lado do Atlântico, Maicosuel vive a expectativa por ver seu futuro definido. Em conversa por telefone com o GLOBOESPORTE.COM, no entanto, o meia evitou ao máximo falar sobre a negociação. Mesmo assim, deixou claro o apreço pelo clube que o fez despontar para o cenário internacional, no primeiro semestre de 2009, e admitiu que o Botafogo será sempre a sua primeira opção.

Como vem sendo lidar com essa possibilidade de retornar ao Botafogo?

Venho procurando não pensar muito nisso, porque ainda tenho contrato com o Hoffenheim e faltam duas rodadas para terminar o Campeonato Alemão. Não quero que a cabeça fique longe, porque o Botafogo é um clube que aprendi a gostar muito em pouco tempo. Não sei como andam as negociações, mas quero resolver isso rapidamente.Tenho uma dívida com o Botafogo, que se não pagar agora, será mais para frente. Sonho dar títulos à torcida e ao grupo.

O presidente Maurício Assumpção disse que busca uma contratação de fechar aeroporto. Você poderia ser esse nome?


Maicosuel chora ao se despedir do Botafogo, em 2009: dívida de gratidão com o clube (Risos) Pode ser outro... Agradeço o reconhecimento da torcida, mas se realmente voltar, não quero aeroporto fechado e nem grande festa. Gostaria que fosse algo simples, da mesma forma e com a mesma responsabilidade como quando cheguei no ano passado. Até porque o time acabou de ser campeão e tem todos os méritos. Mas não quero pensar nisso agora, pois preciso respeitar o clube com o qual tenho contrato.

Existe também uma proposta do Paris Saint-Germain. Se pudesse escolher, ainda assim daria prioridade ao Botafogo?

Pode ser o melhor clube da França, mas a prioridade será sempre do Botafogo. É um clube pelo qual tenho muito carinho, que me valorizou muito e onde fiz amigos como o André Silva (vice-presidente de futebol). Devo ao Botafogo tudo o que sou hoje.

Existe a possibilidade de o Hoffenheim optar por sua negociação. É verdade que você não tem boa relação com o técnico Ralf Rangnick?

Nossa relação é boa. Apenas não concordo com algumas coisas, mas não estamos brigados. Eu, por exemplo, não gosto de estar no banco, pois sei que tenho condição de jogar. Ele, inclusive, ajudou no meu processo de amadurecimento aqui na Alemanha.