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Marcos Braz: ‘Até no carnaval deu algo diferente. Deu Unidos da Tijuca’

Vice de futebol valoriza vitória do Botafogo e minimiza críticas à defesa: 'É preciso entender que Flamengo não é seleção brasileira'

Rodrigo Benchimol
Rio de Janeiro



A serenidade marcou o discurso do vice de futebol, Marcos Braz, após a eliminação do Flamengo na Taça Guanabara. O dirigente não procurou culpados ou justificativas para explicar a derrota por 2 a 1 para o Botafogo, nesta quarta-feira (assista aos lances da partida no vídeo ao lado). Apenas ressaltou os méritos do adversário, sem desmerecer a força de vontade dos jogadores rubro-negros.

- Não podemos tirar os méritos do Botafogo, que foi um time bem armado dentro dos jogadores que eles tinham. Mas não vai ter choro. Poderíamos até falar alguma coisa da arbitragem, mas perdemos de cabeça em pé. O Flamengo sabe que é o time a ser batido, e a bola não entrou – explicou.

Braz aproveitou para rechaçar qualquer tipo de comentário sobre a folga dada ao elenco no domingo de carnaval (Adriano foi o único jogador liberado no sábado). Segundo ele, a ida de alguns jogadores à Marquês de Sapucaí não interferiu no resultado do jogo.

- Não tem polêmica. Os jogadores deram o máximo. Mas até no carnaval deu algo diferente. Deu Unidos da Tijuca. Então temos de saber perder. Não houve falta de empenho ou vontade. Não acho que o Botafogo quis ganhar mais o jogo do que o Flamengo. Não temos que ficar procurando justificativas. Só aprender com os erros – disse Marcos Braz.

O dirigente também disse que o sistema defensivo, ponto fraco da equipe na Taça Guanabara, dificilmente ganhará reforços. O time sofreu gols em todos os jogos do ano, e Andrade já detectou a falta de um primeiro volante de origem no elenco. Maldonado, que é o único, ainda recupera-se de lesão no joelho esquerdo e só voltará emmarço.

- Perdemos o Aírton em janeiro, e já sabíamos que a lesão do Maldonado tem um tempo de recuperação maior. Mas o Toró já jogou ali nessa função (primeiro volante). O Fernando não é um camisa 5 clássico, mas já fez essa função também. É preciso entender que Flamengo não é seleção brasileira. Não encontramos um nome acima do bem e do mal que viesse para ser titular. Temos nossas limitações também. É ter paciência porque não podemos fazer loucuras – explicou, Braz.

Pelas palavras do dirigente, Andrade terá que solucionar os problemas com o grupo que tem à disposição:

- Não vou falar que o grupo está fechado porque o Flamengo está sempre atento ao mercado. Mas não vou sair contratando jogador por causa de uma derrota. Existem zagueiros dentro do elenco com características diferentes que podem ajudar. Vamos resolver tudo com calma. Andrade vai buscar soluções dentro do que temos – disse Marcos Braz.

Segundo ele, a Libertadores é a prioridade do Flamengo, mas a Taça Rio também está nos planos. O time estreia na competição sul-americana contra o Universidade Católica, na próxima quarta-feira, no Maracanã.