Depois do título da Taça Guanabara, técnico fala em reforços, mudanças para ‘encorpar a equipe’ e elogia a postura do menino Caio
Eduardo Peixoto e Fred Huber
Rio de Janeiro
Joel Santana foi festejado pelos jogadores após a conquista, mas pede humildade no Botafogo Campeão da Taça Guanabara, ironias ao Império do Amor do Flamengo, ao vice do Vasco... O Botafogo inicia a segunda-feira sem a sombra de patinho feio que recebeu no início do ano. Mas Joel Santana apressou-se em calçar as sandálias da humildade (“surradas, de 30 anos”, como costuma dizer) e vetar a euforia.
- Não vamos achar que somos os melhores do mundo. Ainda há muita coisa a trabalhar. Nós plantamos uma coisa e deu certo. Quando ganhamos na quarta (do Flamengo) muita gente achou que era por acaso. Mas não. Vencemos duas equipes (Flamengo e Vasco) que no papel talvez sejam até melhores do que a nossa – disse.
O título do Primeiro Turno não apaga no treinador a necessidade de reforços para a equipe. Há três jogadores que treinam à espera da estreia: o zagueiro Danny Morais, o lateral Jancarlos e o volante Sandro Silva. Além deles, o clube negocia com Edno e Macnelly Torres.
- Tirei algumas conclusões importantes, mas elas são internas. Precisamos de alguma coisa para encorpar a equipe. O banco é importante. Até o Brasileiro isso será feito – disse Joel.
Mas há boas surpresas desde que ele assumiu. Uma delas é o atacante Caio. Herói contra o Flamengo, o jogador, de 19 anos, novamente recebeu elogios do treinador por sua participação na vitória por 2 a 0 sobre o Vasco. Quando ele entrou, a partida estava empatada.
- O garoto se tornou ídolo em uma semana... Ele entra com uma vontade, alegria, satisfação. Ele vem correndo perguntando o que eu quero. Dou só uns retoques de incentivo moral. Contra o Vasco, a equipe adversária começou a bater nele achando que iria resolver o jogo – afirmou o comandante alvinegro.