Lateral diz não guardar mágoas do Vasco, que o revelou, e destaca chance de defender Inter, que classifica como maior clube do Brasil
GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
A vitória por 2 a 0 sobre o Vasco, no último domingo, e a conquista da Taça Guanabara deram ao Botafogo um novo ânimo, depois de um começo em baixa. Mas o resultado expressivo não ilude o grupo alvinegro. Segundo o lateral-esquerdo Marcelo Cordeiro, o Campeonato Brasileiro será um desafio ainda maior, e o Alvinegro precisará de um grupo ainda mais forte se não quiser terminar 2010 fugindo do rebaixamento, assim como aconteceu no fim do ano passado.
- Temos consciência das nossas limitações, e a diretoria vem contratando jogadores para somar. É sempre bom começar o ano conquistando o título, mas para o Campeonato Brasileiro será preciso de um grupo mais forte. Temos um elenco bom, com jogadores jovens e experientes, mas sabemos que é preciso mais. Também não podemos pensar nas bolas aéreas - admitiu Marcelo Cordeiro, em entrevista ao programa Arena SporTV.
Enquanto os reforços não chegam, o Botafogo aposta no trabalho árduo para continuar vencendo. Marcelo Cordeiro destacou que este fator foi decisivo para a conquista da Taça Guanabara, incluindo a semifinal contra o Flamengo. O lateral lembrou o sacrifício feito durante o carnaval, quando houve período de concentração, enquanto o grupo rubro-negro foi liberado para assistir aos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro.
- Era importante estarmos concentrados, pois estávamos preocupados com aquele jogo. Trabalhamos para chegarmos descansados e focados na partida. Enquanto alguns curtiam o carnaval, nós ficamos dois dias concentrados, e o título veio para coroar o esforço - destacou.
Marcelo Cordeiro garantiu ainda não guardar mágoas do Vasco, clube no qual se profissionalizou e que defendeu por dez anos. Segundo ele, a saída precoce de São Januário acabou sendo o melhor caminho, por ter ganhado a oportunidade de defender outras equipes e hoje comemorar o título da Taça Guanabara conquistado em cima dos cruzmaltinos.
- Não tenho mágoas do Vasco, pois as pessoas que me prejudicaram não estão mais lá, e o clube não tem nada ver com isso. Infelizmente prejudicaram a mim e ao Vasco, que investiu dez anos na minha carreira e não me deu oportunidade no time principal. Mas também pude defender o maior clube do Brasil, que é o Internacional. No Botafogo reencontrei o futebol da época de Vitória e conquistei este título.