Goleiro diz que não fez defesa do título. Marcelo Cordeiro reclama de Luís Antônio e deseja sorte a Marcelo de Lima Henrique, protagonista do "chororô" que apitará final da Taça Guanabara
Vicente Seda, iG Rio
Elogiado pelo presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, o goleiro Jefferson não se deixou levar. No vestiário após a vitória sobre o Flamengo, ele ouviu do presidente que a sua defesa no chute de Vágner Love no fim da partida poderia ter sido a defesa do título. O jogador disse ter ficado feliz, achou a defesa importante naquele momento, mas que haverá outras também decisivas até o fim do campeonato.
"A defesa foi importante, garantiu a vitória. Respeito a opinião do presidente, fico feliz, mas ainda temos um jogo muito complicado pela frente e está longe de ser a defesa do título", comentou o goleiro.
O lateral Marcelo Cordeiro, por sua vez, disse que muitos continuam considerando o Botafogo como a quarta força do Rio. "Futebol se resolve no campo. Vence a equipe mais competente, quem errar menos".
Cordeiro não se furtou a reclamar da arbitragem, que considerou prejudicial ao Botafogo, apesar de Luís Antônio Silva dos Santos ter voltado atrás, após mostrar cartão vermelho para Fahel, dando em seguida o amarelo para Fábio Ferreira, que sequer participou do lance.
"Não vi quem fez a falta, mas achei que ele foi muito rigoroso contra o Botafogo", afirmou, citando jogadores do Flamengo que, segundo ele, poderiam ter sido punidos com mais rigor, como Álvaro, Toró (de quem disse ter recebido uma cotovelada) e Juan. "Isso vai irritando a gente. Felizmente deu tudo certo. O árbitro da final será o Marcelo de Lima Henrique. Apesar do passado, desejo a ele uma ótima partida. Nós do Botafogo faremos tudo para que seja tranquila", concluiu.
Marcelo de Lima Henrique foi o árbitro da final da Taça Guanabara de 2008, quando gerou intensas reclamações dos jogadores alvinegros que, depois, foram juntos para entrevista coletiva e choraram. O episódio virou provocação dos rivais da Gávea, que passaram a chamar as reclamações alvinegras contra a arbitragem de "chororô".