Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Demitido após a derrota por 6 a 0 sobre o Vasco, no dia 24 de janeiro, Estevam Soares ainda não se desligou emocionalmente do Botafogo. O treinador faz questão de acompanhar as partidas da equipe e se mostra feliz com os resultados, mas principalmente ao ver a ascensão de Caio, a quem promoveu aos profissionais no fim de 2009.
Observado quando disputava a Taça Octávio Pinto Guimarães de Juniores, Caio foi alçado ao grupo principal nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, quando o Botafogo vivia o drama da luta contra o rebaixamento. O atacante chegou a ser relacionado para enfrentar o Atlético-PR, em Curitiba, na penúltima rodada, mas a recuperação clínica de Reinaldo deixou o garoto no Rio de Janeiro. No entanto, o atual talismã alvinegro ficou no banco de reservas na vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, que garantiu a permanência da equipe na Série A.
- Fico muito feliz por ver o garoto que eu lancei se destacando pelo Botafogo. Nunca tive dúvidas de que o Caio faria muito sucesso, pois desde as nossas primeiras observações ele se mostrou um jogador diferenciado. Espero que ele continue a seguir esse caminho - afirmou Estevam Soares, que utilizou o atacante em três das quatros partidas em que dirigiu a equipe no Campeonato Carioca de 2010.
Ainda à espera de uma nova oportunidade de trabalho, Estevam Soares segue, de São Paulo, acompanhando a trajetória do Botafogo, agora sob o comando de Joel Santana. Segundo o ex-treinador alvinegro, a equipe de hoje pouco se difere daquela que deixou no dia seguinte ao vexame no Engenhão.
- Infelizmente não pude utilizar o Fábio Ferreira, pois ele ainda recuperava a melhor forma e não havia sido inscrito no Campeonato Carioca. Ele deu uma outra qualidade à defesa do Botafogo. Até hoje não sei o que aconteceu naquela partida contra o Vasco, mas tenho confiança de que neste domingo será um outra história - observou.
