Ex-técnico Hidalgo questiona méritos da Inglaterra como cabeça de chave
Das agências de notícias Cidade do Cabo, África do Sul
A distribuição dos países nos potes do sorteio
A França acolheu com surpresa o anúncio de que ficaria fora da lista de países cabeças de chave da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Os franceses criticaram a decisão da Fifa de anunciar as normas do sorteio a 48 horas da cerimônia.
- Anunciarem algumas novas normas dois dias antes do torneio não me parece muito transparente – disse o representante do Campeonato Francês e presidente do Lens, Gervais Martel, à emissora France Info.
Com o fato consumado, o maior medo dos franceses é que a seleção tenha de encarar Brasil ou Espanha logo na primeira fase da competição no ano que vem.
- São duas grandes equipes que estão em excelente forma. Os outros não demonstraram muita coisa. Mas temos que nos impor a todas seleções. A única diferença é que devemos estar em forma um pouco antes, mas há quatro anos chegamos à final ganhando de equipes de ponta.
O dirigente também negou que a exclusão da França tenha ligação com a mão de Thierry Henry que deu a classificação à equipe contra a Irlanda.
- Não acredito que tenha nada a ver, o único problema é que é uma pena que a Fifa não tenha pensado nisso antes.
Michel Hidalgo, ex-treinador da França, afirmou que, pelo que fez nos últimos dez anos, a França merecia um lugar entre os cabeças de chave. Além disso, disse que a África do Sul já tinha prêmio suficiente por organizar a Copa e questionou os méritos da Inglaterra para estar na lista.
- Não tem tido bons resultados nos últimos anos. Seus clubes ganharam muitas coisas, mas com uma maioria de jogadores estrangeiros – disse o técnico da França nas Copas de 1978, 1982 e 1986.