Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Reinaldo (à esquerda) deixa o campo sem olhar para o alto, ao contrário de Jobson e de Flávio
As nuvens negras e o temporal que se seguiu a elas formaram um cenário sombrio durante o treino do Botafogo, nesta quinta-feira, no campo anexo do Engenhão. O ambiente até poderia ser desta maneira, já que a equipe luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro e vai decidir sua vida enfrentando, neste domingo, às 17h (de Brasília), o Palmeiras, que tem chances de ser campeão ao mesmo tempo em que uma derrota pode resultar na perda da vaga para a Taça Libertadores.
Mas o que se vê dentro das quatro linhas a cada dia que se aproxima do confronto é um grupo que faz brincadeiras nas rodas de bobo e fecha a cara para acertar os movimentos a cada atividade.
Ainda não é possível dizer se todos esses componentes somados significarão a salvação do Botafogo, que é a permanência na Série A. Mas o grupo ressalta que, até o momento, vem conseguindo deixar do lado de fora do gramado todas as suas apreensões e levar para campo apenas os estímulos positivos que podem resultar numa vitória neste domingo.
- Acho que nós conseguimos dividir as coisas, sim. Vejo que essa tensão faz parte e pode ser até importante às vésperas de uma partida decisiva, mas quando começamos a trabalhar, o ambiente é bom. Entendo que é preciso haver as duas coisas: brincadeiras para aliviar a apreensão, e seriedade para os treinos - observou Lucio Flavio.
Para o meia, livrar o Botafogo do rebaixamento é uma maneira de fechar de maneira digna um Brasileirão que, sabe-se, ficou muito abaixo das expectativas de elenco, comissão técnica e torcedores.
- Na situação em que estamos, todos estão em débito. É preciso haver autocrítica da nossa parte. Não podemos esperar elogios.