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Torcida do Botafogo presta homenagem aos campeões estaduais de 89


Em 2009, clube comemora 20 anos da histórica conquista sobre o Fla

GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

A espera foi grande por um título. Foram 20 anos na fila. Até que, em 1989, o Botafogo sagrou-se campeão Carioca sobre o Flamengo. E aquele tempo de espera se transformou em dias de comemorações. Em 21 de junho deste ano completaram exatas duas décadas daquela conquista histórica. Neste sábado, em um evento para festejar os seis anos de vida de uma torcida alvinegra, ex-jogadores que participaram da conquista estiveram presentes e foram homenageados.

Desde o início, às 14h, o clima foi de muita festa na quadra da escola de samba Caprichosos de Pilares, em Pilares, Zona Norte do Rio de Janeiro. Jogadores como Maurício, Wilson Gottardo, Luisinho Quintanilha, Élber, Mazolinha, Carlos Alberto Santos, Jéferson, Josimar e Paulinho Criciúma estiveram presentes no evento. Os campeões foram condecorados com medalhas e troféu no palco.

Regado a muita comida e bebida, os atletas se confraternizaram e trocaram lembranças daquele título e de outras épocas de glória. Responsável pelo gol que garantiu a taça, marcado aos 12 minutos da etapa final, Maurício não esconde a alegria e deixa escapar um sorriso no rosto ao relembrar do lance. Dono da camisa 7, ele disse estar iluminado pela mística do número, eternizado por Garrincha, no momento da jogada.

- Aquele título foi muito importante para minha carreira. Jamais esquecerei aquele título. Eu me considero escolhido por Deus. Lembro que estava com febre, quase não fui para o jogo. Mas, antes da partida, o Valdir Espinosa (técnico do Botafogo na época) pediu que jogasse. O Nilton Santos me chamou e falou: “Não se preocupe. Você não está sozinho, Garrincha está com você”.

Houve até quem ainda reclamasse do árbitro Luiz Carlos Félix, alvo de muita polêmica na decisão do primeiro turno, quando encerrou a partida no momento em que Paulinho Criciúma se preparava para marcar o segundo gol alvinegro e conquistar a Taça Guanabara com a vitória por 2 a 1.

- Acho que foi um erro grosseiro. Ele poderia ter terminado o jogo minutos antes. Mas deixou acontecer o lance, e acho que foi um erro gravíssimo – lembrou.

Porém, ele não esquece do apoio da torcida alvinegra:

- A maior alegria da minha vida no futebol foi esse título. Tirar um peso tão grande da torcida foi muito importante. Só tenho que agradecer o carinho. Eu me sinto até imponente para pagar essa homenagem.

Já são 20 anos daquele Estadual, mas os alvinegros ainda guardam na lembrança, com muito orgulho, aquela vitória histórica.