Os casos mais graves são de Fluminense e Sport, lanterna e penúltimo, respectivamente. Nos cálculos do especialista, ambos aparecem com risco de 93% de cair. De acordo com ele, um número assustador. - Não caíram, não. Ainda não.
Tudo indica que vão cair, pelo andar da coisa. Faltam 16 jogos. Tem que haver uma reversão completa. No caso do Fluminense, fala-se muito em dez vitórias para escapar do rebaixamento. Isso resolveria, mas o time não consegue iniciar esta sequência. Isso traz pressão. Precisa quebrar esse encanto. A situação é realmente grave. O tempo vai passando, vai afunilando e fica complicado – afirmou, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.
O Flu tem 16 pontos, um a menos que o Leão. Tristão Garcia avisa que o número mágico para se ver livre da degola é 48. - A chance de escapar com 45 é de 77%. Hoje, 48 pontos é um número seguro para escapar. Esta é a pontuação que dá tranquilidade para não depender de ninguém.
Com 45 pode ser que escape, mas tem uma chance pequena. São 96% de chances de escapar com 47 e 98% de escapar com 48. Ou pode escapar com bem menos se os times que estão abaixo não reagirem, casos de Atlético-PR (que tem 27), Coritiba (25), Santo André e Náutico (24) e Botafogo (23) – explicou.
Na temporada passada, 44 pontos asseguraram a permanência na Primeira Divisão e ao mesmo tempo não evitaram a queda. Náutico e Figueirense alcançaram esta pontuação na última rodada, mas os pernambucanos só se seguraram pelo saldo de gols.
Desde 2006, o número mínimo conquistado pelos times que não foram rebaixados, quando 20 clubes passaram a disputar a competição, foi 45. Além do Timbu, o Palmeiras se salvou com 44 pontos, há três anos. No entanto, o Corinthians, em 2007, caiu com a mesma marca.
Tristão explica que o número mágico subiu por conta do aumento da média de pontos dos times ameaçados.
A chance de escapar com 45 é de 77%. Hoje, 48 pontos é um número seguro para escapar. Esta é a pontuação que dá tranquilidade para não depender de ninguém. Com 45 pode ser que escape, mas tem uma chance pequena. São 96% de chances de escapar com 47 e 98% de escapar com 48.
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- Na última rodada, por exemplo, foram cinco empates (em dez jogos). A maioria das equipes não mudou de posição. Como os jogos estão muito difíceis, fazer uma reversão da campanha fica complicado. Faltando 16 rodadas, está difícil de alguém se destacar. Nas duas últimas rodadas, ninguém ganhou dois jogos seguidos. Está todo mundo parecido neste momento. Há tempo de reação, mas, no ano passado, ninguém estava tão mal como Fluminense e Sport – comentou.
Na 22ª rodada do Brasileirão 2008, os quatro últimos eram Náutico, Portuguesa, Santos e Ipatinga. Os mineiros eram os únicos que tinham um risco de cair considerado sério: 81%, com 20 pontos.
Na última colocação do Brasileiro deste ano, com apenas três vitórias em 22 partidas, o Fluminense precisa vencer dez e empatar dois dos jogos restantes para alcançar os 48 pontos salvadores. O Sport necessita também de dez triunfos. E ainda teria que obter um empate.
Risco de rebaixamento:
Fluminense
20º
93%
Sport
19º
93%
Botafogo
18º
60%
Náutico
17º
37%
Santo André
16º
42%
Coritiba
15º
27%
Atlético-PR
14º
14%
Poucos times na luta pela Libertadores
Na briga para entrar no G-4 e tentar um lugar na Libertadores do próximo ano, Tristão Garcia diz que só os dez primeiros na tabela têm chances reais, sem contar o Corinthians, que é o atual campeão da Copa do Brasil e já garantiu vaga.
- Vai até o Santos. O Cruzeiro teria de fazer uma campanha superior ao líder. É claro que existe a esperança de pegar a quarta vaga, mas não tira de Inter, Palmeiras e São Paulo - avisou.
Palmeiras
85%
Internacional
74%
Goiás
66%
São Paulo
59%
Avaí
29%
Atlético-MG
25%
Grêmio
17%
Barueri
15%
Santos
13%
Título se resume aos quatro primeiros
Quando o assunto é a conquista do Brasileirão, o matemático ressalta que o número de candidatos é ainda menor. Segundo ele, apenas Palmeiras, Internacional, Goiás e São Paulo disputam o título com chances reais.
- Os quatro primeiros somam 88% das chances. É muito difícil que o título não fique entre eles - disse.
Palmeiras
1º
36%
Goiás
2º
17%
Internacional
3º
22%
São Paulo
4º
13%
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