Maurício Assumpção se recusa a falar de complô, mas se queixa de erros seguidos que, segundo ele, vêm sendo cometidos contra o Botafogo
Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Era clara a tentativa de Maurício Assumpção de se conter. Mas na entrevista coletiva que concedeu após o empate em 3 a 3 com o Grêmio, neste domingo, o presidente do Botafogo se exaltou ao falar sobre a arbitragem no Campeonato Brasileiro, e, claro, especificamente em relação ao seu clube.
Assumpção rejeitou a palavra complô, mas reclamou do que, segundo ele, é uma sequência de erros contra o time, que aconteceram também no empate em 3 a 3 diante do Corinthians, no Pacaembu. O presidente levantou a voz ao pedir uma mobilização pela evolução técnica dos árbitros.
- Está difícil trabalhar deste jeito. Sou considerado pato novo, mas estou mais do que indignado. Todos sabem do esforço que estamos fazendo para manter o orçamento e pagar em dia. O que tem que se fazer? Não sei. A arbitragem brasileira é uma vergonha, e o modelo atual já se mostrou falido. Não está na hora de rever a preparação dos juízes? Eu tenho que reclamar mais do que os outros, porque o meu clube é estatisticamente o mais prejudicado. A bola saiu uns 15 quilômetros, e o bandeira ficou com o braço engessado. Depois, houve mão na bola e não marcaram pênalti.
Maurício Assumpção ainda se queixou da Comissão de Arbitragem da CBF que, segundo ele, não vem preparando os profissionais da maneira ideal.
- Vou para casa envergonhado e aborrecido por não poder fazer nada. Vejo que erros seguidos são ou incompetência ou outra coisa. Prefiro acreditar que é incompetência. Algo precisa ser feito para que os árbitros fiquem competentes.