Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Alto custo de empréstimo desestimulou Botafogo a buscar o zagueiro Betão
O Botafogo sabe que seu elenco atual pode não ser suficiente para garantir a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro do ano que vem. Por isso, se esforça para encontrar no mercado jogadores que possam suprir carências e aumentar as opções de Estevam Soares. No entanto, a diretoria precisa correr contra o tempo e superar as diversas dificuldades que se apresentam a cada tentativa de contratação.
A recente aquisição do goleiro Jefferson foi uma exceção na rotina do Botafogo. Os clubes brasileiros têm até o dia 25 de setembro para inscrever jogadores no Brasileirão e, com o pouco tempo, também rareiam as oportunidades.
A maior urgência de diretoria e comissão técnica é por um zagueiro. Se possível, dois. O Botafogo tentou Gabriel, do Paraná, mas ele não foi liberado pelo clube. A saída de Daniel Marques também foi vetada. O Barueri se recusou a negociar com o Alvinegro por ele já ter tirado Estevam Soares do clube. Betão, ex-Corinthians e Santos, também foi uma opção, mas o preço de 350 mil euros pelo empréstimo, pedido pelo Dínamo de Kiev, praticamente esgotou a negociação.
O meio-campo também é um alvo do Botafogo, mas o clube também esbarra em problemas para achar um nome que tenha boa relação entre custo e benefício. Não foi o caso de Geraldo, do Ceará. O Alvinegro fez uma sondagem, mas os valores apresentados, somados ao fato de o jogador ter 34 anos, fizeram com que houvesse a desistência do negócio.
No ataque, o Botafogo esteve perto de fechar com Maurício, de 19 anos, formado pelo Fluminense. Mas depois de aceitar a proposta, o Villarreal, da Espanha, voltou atrás, alegando que decidiu incluir o jogador em seu elenco na temporada 2009/10. O Alvinegro, então, conseguiu acertar com Ricardinho, ex-Figueirense, indicado por Estevam Soares.
- A dificuldade certamente não é exclusividade do Botafogo. Muitos clubes estão na busca por reforços, mas os valores nem sempre estão dentro da realidade. Além disso, é cada vez mais difícil, nesta altura da temporada, os atletas serem liberados - afirmou André Silva, vice de futebol do Alvinegro, que prefere não confirmar os nomes que interessam.
O Botafogo também volta seus olhos para o mercado estrangeiro, mas com um pé atrás. O clube tem o pensamento de que um não brasileiro pode demorar a se adaptar sendo contratado no decorrer da temporada. Além disso, o Alvinegro tem alguns traumas recentes, como são os casos dos atacantes argentinos Escalada e Zárate, contratados em 2008 e considerados dois fiascos.