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'Máfia do apito': processo é trancado


Decisão foi tomada por dois votos a um nesta quinta-feira, em São Paulo

Paula Ab
São Paulo

Depois de sucessivos adiamentos, a sessão para decidir o destino do caso "máfia do apito" foi realizada nesta quinta-feira, no Tribunal de Justiça de São Paulo. Dois desembargadores votaram para que o processo fosse trancado. Ainda cabe recurso do Ministério Público, que vai analisar se segue com a tentativa de punir os réus.

A sessão havia sido adiada anteriormente porque Christiano Kuntz pedira mais tempo para estudar o processo. Nesta quinta, ele votou pelo trancamento, assim como Francisco Menin. Os desembargadores entenderam que os fatos narrados no processo não estão enquadrados em nenhum artigo na Lei, ou seja, não podem ser classificados como crime.

Fernando Miranda pediu que o caso fosse anulado, o que permitiria que outra denúncia contra o grupo fosse feita. Mas como a decisão final trancou o processo, os réus só correrão risco de punição se o MP entrar com um novo recurso.

A fraude da "máfia do apito" consistia em um acerto de resultados com o juiz de determinada partida, o que garantia o lucro de golpistas em apostas em sites da internet. A única punição concreta e definitiva foi o afastamento dos árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon do quadro da CBF.

Após a confirmação da manipulação das partidas, o STJD remarcou 11 confrontos do Campeonato Brasileiro de 2005 que, ao final, teve o Corinthians como campeão.