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Esquema tático do Estadual é aposta de Ney Franco para salvar defesa alvinegra

Atuando no 4-4-2, Botafogo sofreu oito gols nas últimas duas partidas, e treinador e Leandro Guerreiro afinam o discurso a favor da volta do 3-5-2

Cahê Mota Rio de Janeiro


O ditado já prega que "não se mexe em time que está ganhando", mas o vice-campeonato carioca e as boas exibições na competição não fizeram com que o Botafogo resistisse à saída de Maicosuel para o futebol alemão. Assim, o técnico Ney Franco sentiu, com a chegada de Lucio Flavio, a necessidade de escalar o time em um novo esquema tático: saiu o 3-5-2, entrou o 4-4-2.

De início, os estragos nem foram dos maiores, e a equipe até venceu o Santos, único triunfo no Brasileirão, mas os oito gols sofridos nas duas últimas partidas - contra Vitória (4 a 3) e Goiás (4 a 1) - foram suficientes para o treinador perceber que não fez a melhor opção. Diante do Atlético-MG, domingo, às 16h, no Mineirão, pela nona rodada da competição, a equipe voltará a atuar com três zagueiros. O próprio Ney explica os motivos da alteração.

- Os números estão aí. Estamos vindo de dois jogos seguidos com derrotas com quatro gols sofridos. Não podemos desprezar isso. Tivemos uma equipe sólida no Carioca, e a mudança do sistema afetou nitidamente o setor defensivo. Temos tempo de recuperação e vamos observar essa formação.

Um dos líderes do elenco e principal afetado com a variação, pois deixou de ser zagueiro para voltar a atuar no meio-campo, Leandro Guerreiro aprovou o retorno ao antigo esquema.

- Temos de achar uma solução para acabar com esses problemas. Não podemos em dois jogos sofrer oito gols. Por isso o Ney testou o esquema. Jogamos o Carioca assim e fomos bem. Não foi surpresa nenhuma. Estamos acostumados com o 3-5-2. Vamos fazer de tudo para acertar, independentemente da formação.

Com seis pontos em oito jogos, o Botafogo é o último colocado no Campeonato Brasileiro.