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Nem Bill, em ação, contra o Atlético (GO), veio para o Fogão (Crédito: Carlos Costa)
As sérias dificuldades para trazer os reforços pretendidos, sobretudo para o setor ofensivo, preocupam muito a diretoria do Botafogo. Até mesmo a hipótese de que a criação da Companhia de Participações Esportivas (CPE), o usual fundo para investimentos em contratações, está inflacionando o mercado já foi levantada em General Severiano.
- Pode ser que esta questão seja a complicadora em alguns casos, agindo de maneira contrária. O que seria uma pena em termos de gestão, pois é uma iniciativa muito interessante. E isso é ruim para todos, até para o mercado dos jogadores - lamenta André Silva, vice de futebol do clube.
Dois casos emblemáticos podem ilustrar a suspeita: as tentativas frustradas de trazer Marquinhos, do Palmeiras, mas que está ligado ao Vitória, e Bill, do Bragantino, pelos quais a CPE autorizou a oferta altas somas - R$ 1,2 milhões por parte não divulgada e R$ 750 mil por 50% dos direitos econômicos, respectivamente. Ainda assim, ambos seguem em seus clubes.
- É preciso entender que o que temos para usar não depende somente do Botafogo. Eu e o Sérgio Landau, gestor, defendemos nosso lado, mas a Companhia, composta por três executivos, avalia quanto cada negócio vale, se será viável no futuro, e nos passa até que teto podemos chegar - explicou o dirigente.
Em virtude disso, a diretoria ataca em outras frentes também, como ao sondar Denis Marques, que viria "via clube", até pela idade - 28 anos -, e Zé Roberto, transação que pode sair do papel com a ajuda do Flamengo, que arcaria com parte do salário para o jogador não ficar parado.
No início da temporada, sem tais recursos, a saída foi buscar parcerias com empresas como a Traffic, que fez a ponte para colocar Maicosuel no Botafogo. A Ability, com Fahel, e a MFD, com Juninho, também ajudaram.