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Sob o olhar de Caio Júnior, Botafogo fica no empate com o Boavista

Novo técnico alvinegro assiste da arquibancada à atuação do time, que não consegue superar a defesa do adversário: 0 a 0

Por GLOBOESPORTE.COM Macaé, RJ

O Botafogo já se despediu de Joel Santana, mas ainda não pôde contar com Caio Júnior à beira do campo. Neste sábado, o novo treinador alvinegro viu da arquibancada o Alvinegro empatar sem gols com o Boavista, em Macaé. Mesmo com dez desfalques, a equipe de General Severiano criou mais chances e deu trabalho à equipe que já venceu Fluminense e Vasco neste Campeonato Carioca, mas não conseguiu superar a defesa adversária.

O 0 a 0 tirou a liderança do Botafogo no Grupo B. O Olaria venceu Nova Iguaçu por 2 a 0 e chegou a 12 pontos, dois a mais que o Alvinegro. O Bota ainda pode ser ultrapassado pelo Fluminense, que tem sete e encara o Vasco neste domingo. A diferença no saldo entre os dois rivais é de quatro gols. O Boavista, por sua vez, chegou à liderança no Grupo A com dez pontos, um a mais que Vasco e com dois de vantagem para o Flamengo.

As duas equipes voltam a campo no próximo dia 3 de abril. Enquanto o Botafogo recebe o Resende no Engenhão, o Boavista volta ao Moacyrzão, desta vez como visitante, para encarar o Macaé.

Caio Júnior Solivan Dalla Valle (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com) 
Caio Júnior conversa com Solivan Dalla Valle antes
do jogo (Foto: Gustavo Rotstein/Globoesporte.com)
Caio e Somália se destacam


Antes do jogo, o técnico Caio Júnior esteve em campo e ficou por cerca 15 minutos conversando com o preparador físico Solivan Dalla Valle e atendeu a alguns torcedores na arquibancada. Durante a partida, ficou em uma cabine de televisão.

Com a bola rolando, os jogadores fizeram de tudo para mostrar serviço, e o time mostrou superioridade no primeiro tempo. Mesmo com os dez desfalques. Loco Abreu, Arévalo e Jefferson estão a serviço de suas seleções. Everton, Rodrigo Mancha e Herrera cumprem suspensão. Bruno Tiago, Alex, Araruama e Lucas estão machucados. Coube a Caio e Somália a missão de comandar as ações, com ambos se revezando pelos lados de campo.

Somália foi o primeiro a ameaçar, aos sete minutos. Ele aproveitou passe errado de Julio César, pegou a bola no bico da grande área e bateu cruzado, para fora, mas quase acertando o canto esquerdo de Thiago.
Encolhido em seu campo na maior parte da etapa inicial, o Boavista só chegou com perigo uma única vez, em jogada individual de André Luís. Com 11 de jogo, o atacante deu um dribla da vaca em Márcio Azevedo e bateu forte por cima do gol de Renan.

Depois do lance, o Bota voltou a controlar o jogo, mas as atuações sem inspiração de Willian e Fabrício não davam suporte a Caio e Somália. Era difícil entrar na área do Boavista. O Botafogo teve que contar com a ajuda do próprio adversário para voltar a levar perigo. Depois de cruzamento de Márcio Azevedo aos 31 minutos, Paulo Rodrigues jogou contra o patrimônio e marcaria contra se não fosse grande defesa de Thiago.

Já no fim, duas polêmicas envolvendo a arbitragem. O Botafogo reclamou pênalti de Joilson em Caio depois que o jogador alvinegro foi tocado pelo adversário e caiu em lance pelo lado esquerdo da área. E também houve um impedimento mal marcado de Willian. A revelação do Bota recebeu de Somália cara a cara com Thiago e tinha posição legal. O lance foi interrompido antes da conclusão.

Pouco muda no segundo tempo


Na volta do intervalo, o Botafogo se manteve com dificuldade para entrar na área rival. Depois de três chutes de fora da área para fora, o Alvinegro enfim conseguiu chegar lá através de Caio, aos 11 minutos. Ele puxou contra-ataque, passou por Gustavo, mas então veio outra dificuldade: a finalização. O arremate mal dado para o gol ainda bateu em Paulo Rodrigues e saiu pela linha de fundo.

Vendo a dificuldade do setor ofensivo de camarote, Renan teve que se preocupar com a própria meta e trabalhou pela primeira vez três minutos depois. Em chute da esquerda de Fábio Fidélis, que acabara de entrar, o jovem goleiro evitou o gol adversário com os pés. 

O Botafogo tentou mudar o panorama da partida com duas alterações. Entraram Jairo e Guilherme respectivamente nos lugares de Willian e Fabrício. Mas foi Caio quem seguiu como o mais perigoso. Aos 35 minutos, ele aproveitou desvio na primeira trave após cobrança de escanteio, dominou no peito na pequena área e deixou a bola escapar um pouco. O goleiro Thiago fechou o ângulo, e o atacante chutou por cima do gol. No ataque seguinte, o jogador alvinegro fez fila na defesa do Boavista, se movimentou para o lado direito e bateu forte. Thiago colocou para escanteio.

Aos 37, mais uma reclamação de pênalti do Botafogo. A bola bateu no braço de Everton Silva depois de o jogador dominar na coxa, e William de Souza Nery interpretou que não houve intenção.

Quem ameaçou por último foi o Boavista, com chutes perigosos de Fábio Fidélis, para boa defesa de Renan, e de Joílson, que mandou para fora. Entretanto, nada suficiente para alterar o resultado da partida.


BOAVISTA 0 X 0 BOTAFOGO
Thiago, Everton Silva, Gustavo, Bruno Costa e Paulo Rodrigues (Roberto Lopes); Julio César, Joilson, Leandro Chaves (Raphael Augusto) e Erick Flores (Fábio Fidélis); Max e André Luís. Renan, Alessandro, Antônio Carlos, Márcio Rosário e Márcio Azevedo; Fahel, Marcelo Mattos, Somália e Fabrício (Guilherme); Caio (Cidinho) e Willian (Jairo).
Técnico: Alfredo Sampaio. Técnico: Flávio Tenius.
Cartões amarelos: André Luís, Paulo Rodrigues, Max (Boavista); Fahel, Antônio Carlos (Botafogo). 
Estádio: Moarcyrzão, em Macaé (RJ). Data: 26/03/2011. Público: 2.108 presentes. Renda: R$ 18.870,00. Árbitro: William de Souza Nery. Auxiliares: Ralph Coutinho Carneiro e Ricardo Nogueira da Silva.