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Jobson deixa o Galo, mas Botafogo descarta retorno do atacante

Maluf garante que atleta não cometeu nenhum ato de indisciplina. Dirigente do Glorioso diz que contrato não pode ser rescindido sem autorização do clube

Por Marco Antônio Astoni e Gustavo Rotstein Belo Horizonte e Curitiba
Jobson treino Atlético-MG (Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com) 
Jobson deixou o Atlético-MG, mas não deve voltar ao
Botafogo (Foto: Valeska Silva / Globoesporte.com)
 
Jobson não veste mais a camisa do Atlético-MG. A informação foi dada pelo diretor de futebol do clube, Eduardo Maluf. Segundo o dirigente, o atacante alegou não ter se adaptado a Belo Horizonte e pediu para retornar ao Botafogo.

- Quando contratamos o Jobson, falamos que queríamos recuperar o atleta, o homem e o profissional. Há mais ou menos dez dias, ele nos procurou e colocou que gostaria de voltar para o Botafogo, porque não estava se sentindo feliz aqui, não havia se adaptou a Belo Horizonte. Nós tentamos conversar com ele e entendemos que o melhor seria atender este pedido. Agora estamos comunicando isso ao Botafogo e vamos ver como resolver a parte jurídica, de contrato. Nós queremos no nosso elenco um jogador que queira ficar. Não queremos nenhum insatisfeito. Então, a partir de hoje, o Jobson não faz mais parte do nosso grupo de jogadores.

No entanto, o desejo do atacante de retornar ao clube carioca não deve ser realizado. Na noite desta terça-feira, o gerente de futebol do Botafogo, Anderson Barros, descartou qualquer possibilidade de Jobson voltar a General Severiano no momento.

- O Atlético não procurou o Botafogo e não falou sobre o caso de forma oficial. Antes de qualquer decisão é preciso conversar. O Atlético é quem precisa dar um solução. Não há chance de o Jobson voltar agora até que ele cumpra seu contrato - decretou o dirigente, que está em Curitiba com a delegação que enfrenta o Paraná Clube, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil.

Anderson Barros afirmou ainda que não há no contrato de Jobson qualquer cláusula que dê ao Atlético-MG o direito de não arcar com os custos do empréstimo caso o jogador seja devolvido até o dia 31 de março. Anderson Barros lembrou que, como o atacante é atleta do clube mineiro, o caso precisa ser resolvido em Belo Horizonte.

- O contrato do Jobson com o Atlético não pode ser rescindido sem a autorização do Botafogo. Além disso, se o jogador retornar, teríamos que tirar alguém do grupo, e não temos a intenção de fazer isso. O Jobson tem o direito de deixar o lugar onde está. Mas então ele quebra os contratos e indeniza o clube - frisou.

Maluf lamenta saída de Jobson

Eduardo Maluf, diretor de futebol do Atlético-MG (Foto: Rodrigo Fuscaldi / Globoesporte.com) 
Eduardo Maluf explica a saída do jogador
(Foto: Rodrigo Fuscaldi / Globoesporte.com)
 
O atacante disputou apenas seis partidas pelo Atlético-MG e fez dois gols, ambos contra o Iape-MA, na Arena do Jacaré, pela Copa do Brasil. Segundo Eduardo Maluf, a saída de Jobson do Galo não está relacionada a nenhum tipo de problema extracampo.

- Se ele não tivesse nos pedido para ir embora, ele não iria. Ele estava cumprindo todos os seus compromissos. Aqui dentro, as normas são iguais. O Jobson só teve aqui um problema de atraso, que foi uma coisa normal. Nós o acompanhávamos no dia a dia. Tudo tranquilo, sem problema algum. A única coisa que nos deixou surpresos é que no momento bom dele aqui, dois jogos como titular, ele nos procurou (para sair), e nós ainda tentamos conversar com ele.

O dirigente do Galo, mais uma vez, lamentou a saída de Jobson, e diz que o clube fez tudo para ajudá-lo.

- Ninguém quis ajudar o Jobson mais do que o Alexandre (Kalil, presidente do Atlético-MG), o Dorival (Júnior, treinador) e eu. Fizemos tudo para ajudá-lo. A decisão vai ser pior para ele, mas nós temos que dar o exemplo para o elenco. Ele escolheu o caminho dele.