Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Lucio Flavio deve ser novamente o capitão do Botafogo em 2010
Com a saída de Juninho, negociado com um clube da Coreia do Sul, será provavelmente de Lucio Flavio a braçadeira de capitão do Botafogo. Assim como aconteceu em 2008, ano em que o zagueiro esteve no São Paulo, Lucio Flavio se diz pronto para assumir a condição de líder, dentro e fora de campo.
No entanto, o meia sabe que somente este aspecto não será nada se não houver um desempenho satisfatório dentro de campo. E depois de um ano que começou instável – com poucas oportunidades e rescisão de contrato no Santos – e terminou de forma irregular, Lucio Flavio confia que terá um desempenho individual capaz de acalmar as muitas críticas que o perseguiram no ano que termina.
De férias com a família em Curitiba, Lucio Flavio falou ao GLOBOESPORTE.COM sobre a última temporada e de suas expectativas em relação a 2010.
O Botafogo terminou 2009 comemorando a permanência, mas lamentando o desempenho decepcionante no Brasileiro. Acredita que 2010 será melhor?
A perspectiva no fim de ano é que o próximo seja sempre melhor. Em princípio, será bom porque o Estevam foi mantido e conhece melhor o grupo. Além disso, a diretoria não vem medindo esforços para montar um elenco competitivo, embora a gente saiba que é preciso se mexer logo, pois o mercado vai se fechando e as opções, diminuindo. Terminamos o ano conquistando um objetivo, mas sabemos que não foi bom.
Em relação ao desempenho individual, espera que iniciando a temporada com o Botafogo poderá render o melhor que pode?
Costumo dizer que, para mim, este foi um ano de recuperação. Todos sabem que meu início de temporada no Santos não ocorreu da maneira que esperava. No Botafogo me sinto bem e consegui recuperar a forma depois de algumas rodadas do Campeonato Brasileiro. Saímos de uma situação ruim, depois de passar quase toda a competição na parte de cima da tabela, e na reta final houve uma boa produção.
Com a saída de Juninho, você será, provavelmente, o capitão do Botafogo na próxima temporada. Sente-se preparado para reassumir o posto, como em 2008?
Pela ordem estabelecida neste ano, eu era o segundo capitão. Por isso, é algo que vejo com naturalidade e como uma decisão do treinador. Independentemente de ser o escolhido, ou não, o mais importante é ter a característica de liderança, dentro e fora do campo. Estou pronto para a função, mas não tenho essa vaidade. Vou acatar qualquer que seja a decisão. De qualquer maneira, entendo que é algo natural com aqueles que estão no clube há mais tempo.
Por falar nisso, acredita que no ano que vem pode haver uma melhor relação da torcida com os jogadores que estão há mais tempo no clube. Em 2009 as críticas foram muitas...
É uma questão individual. Há pessoas que gostam de você e outras, não. Mas o time não pode ser avaliado por meia-dúzia de pessoas. O importante é que as últimas partidas mostraram o quanto o Botafogo é forte quando existe unidade entre jogadores e torcida, e é fundamental que isso exista no próximo ano. É normal que exista bronca com alguns atletas, pois os resultados não foram bons, mas a maior preocupação de todos deve ser um Botafogo forte, que faça com que aqueles que costumam vaiar, passem a aplaudir.
