Técnico reconhece experiência do volante titular, machucado há um mês, mas indica jovem em nível parecido, apesar das características diferentes
A entrada do segundo semestre trouxe muita dor de cabeça para Oswaldo de Oliveira escalar o time do Botafogo, mas, com o sucesso das peças que entraram, também começa a garantir disputar de posição mais acirradas do que ao longo do Carioca e da Copa do Brasil, quando os titulares pareciam incontestáveis. Primeiro, Elkeson perdeu espaço. Depois, Herrera colocou Loco Abreu em xeque com três gols sobre o São Paulo. Agora, a surpreendente maturidade de Jadson é vista pelo treinador como sinal de uma dúvida quando Marcelo Mattos retornar.
Com o volante de 18 anos em campo, Renato recua mais para ocupar a função de primeiro homem no meio de campo, por causa do dinamismo e a qualidade da promessa alvinegra. Não há previsão concreta a respeito da data em que o camisa 5, até então absoluto no clube há dois anos, estará à disposição. A única certeza parece ser que a vaga está em aberto.
Jadson em sua primeira entrevista coletiva: maturidade de gente grande (Foto: André Casado /Globoesporte)
- Marcelo tem qualidades importantes, como a leitura do jogo, ele se comunica muito bem com o time e transmite força. Já o Jadson é um menino com uma dinâmica sensacional, consegue chegar rápido em todas as bolas. São características diferentes. Marcelo vai sempre ter o espaço dele no grupo. Mas nesse momento o Jadson tem sido utilíssimo - afirmou Oswaldo.
Para o crescimento de Jadson e outros, como Brinner e Dória, outro volante é apontado como um pilar fundamental no elenco. Com seu jeito sereno, Renato conquistou de vez o chefe.
Na Granja Comary, Marcelo Mattos trabalha para se
recuperar com mais rapidez (Foto: Botafogo Oficial)
recuperar com mais rapidez (Foto: Botafogo Oficial)
- Conheço o Renato desde a época em que trabalhei em São Paulo, em 1998 e 1999. Fomos adversários, jogamos contra várias vezes e ele sempre vinha junto com Elano e Paulo Almeida me cumprimentar. Agora, pude conhecê-lo melhor, mas é curioso que a expressão do rosto seja a mesma de tempos atrás. Isso é muito legal no Renato. Passa tranquilidade, serenidade e tem a personalidade e a técnica parecidos. É um cara sóbrio dentro e fora de campo. Simples, dentro e fora de campo. Apesar de ter momento em campo de exuberância. É importante tê-lo aqui. Conquistou o respeito de todos sem estardalhaço, sem cambalhota, sem precisar promover isso. E sempre interfere no ambiente de forma positiva - exaltou.
Na zaga, Brinner é outro que vem provando seu valor e substituindo Antônio Carlos à altura. Neste caso, porém, o camisa 3 e eventual capitão da equipe ainda tem sua vantagem.
Nesta quinta-feira, com Jadson e Renato resguardando a defesa mais uma vez, o líder Botafogo encara o Cruzeiro, às 21h, no Engenhão, pela terceira rodada do Brasileirão.